VACINAÇÃO: COBERTURA VACINAL ESTÁ MUITO BAIXA PARA A ÉPOCA, DIZEM ESPECIALISTAS

Apenas 39% dos idosos tomaram vacina contra a gripe; campanha tem baixa adesão em todos os grupos elegíveis; a terceira dose contra COVID foi tomada por apenas 30% dos jovens até 24 anos
CONTRA A GRIPE:
O Ministério da Saúde fez um balanço e constatou que apenas 39% dos idosos tomaram a vacina contra a gripe no Brasil – o país tem cerca de 30,2 milhões de pessoas com mais de 60 anos e apenas 11,9 milhões receberam a vacina.
No estado de São Paulo, a taxa é de 45,1%. A campanha nacional contra a gripe começou no dia 4 de abril, primeiro para idosos com mais de 60 anos e trabalhadores da área da saúde.
Nas últimas semanas, diante do aumento de infecções pela Covid-19, o Brasil tem registrado crescimento no número de doenças respiratórias. Por isso, especialistas recomendam proteção aos grupos mais vulneráveis como forma de evitar agravamento e idas desnecessárias ao hospital.
O segundo grupo é o infantil: de bebês de 6 meses a crianças de até 5 anos, gestantes e puérperas (mulheres nas primeiras semanas após o parto).
Entre as crianças, a taxa de protegidos não passa de um terço. Dos 43,1 milhões de crianças elegíveis, só 14,3 milhões receberam a vacina.
Desde 9 de maio, a vacina está sendo aplicada em indígenas, quilombolas, profissionais da educação, pessoas com deficiência e pessoas com comorbidades, como diabetes, câncer, entre outras.
No estado de São Paulo, até agora foram aplicadas só 357,4 mil doses nas crianças (13,5% de cobertura vacinal), 24,7 mil nas gestantes (6%), 535,8 mil nos profissionais da saúde (34,5%), 3,6 mil nas puérperas (5,3%) e 4,1 milhões nos idosos (45,1%).
A meta do governo estadual é imunizar 90% de todos os grupos elegíveis, mas até agora só 40% do total foi imunizado. Ainda segundo a Secretaria de Estado da Saúde, menos de 20% das crianças, grávidas e puérperas se imunizaram.
A última etapa de vacinação no estado está prevista para começar em 16 de maio, quando farão parte da campanha profissionais das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema prisional, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, população privada de liberdade e adolescentes e jovens sob medida socioeducativa.
Até 3 de junho, o ministério prevê imunizar, em todo o país, cerca de 77,9 milhões de pessoas nos grupos considerados prioritários — só 22,4% do público elegível foi imunizado até agora.
A vacina disponibilizada pelo SUS é a trivalente — composta dos vírus H1N1, da linhagem B (Victoria) e também da cepa Darwin, do vírus influenza A (H3N2). Ou seja, os novos imunizantes são adaptados à cepa que causou um surto de casos no Brasil no fim de 2021.
Desde o fim de março, as clínicas particulares de São Paulo também realizam a campanha da gripe. Algumas unidades fazem, inclusive, agendamento para aplicação domiciliar.
Na rede privada, a imunização aplicada é a tetravalente — composta dos vírus H1N1, da linhagem B (Victoria), da linhagem B (Yamagata) e também da cepa Darwin, do vírus influenza A (H3N2). Os preços variam de R$ 130 a R$ 160 por aplicação.
Confira o calendário nacional na rede pública
Primeira etapa, entre os dias 4 de abril e 2 de maio — mas continua a imunização:
- Idosos com 60 anos ou mais.
- Trabalhadores da saúde.
Segunda etapa, entre os dias 3 de maio e 3 de junho – mas a vacinação continua:
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias).
- Gestantes e puérperas.
- Povos indígenas.
- Profissionais da educação.
- Pessoas com comorbidades (portadores de doenças respiratórias crônicas, doenças cardíacas crônicas, doenças renais crônicas, doenças hepáticas crônicas, doenças neurológicas crônicas, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias, como, por exemplo, síndrome de Down).
- Pessoas com deficiência permanente.
- Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas.
- Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso.
- Trabalhadores portuários.
- Funcionários do sistema prisional.
- Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
- População privada de liberdade.
VACINA CONTRA COVID: BAIXA ADESÃO
Já era para todos estarem devidamente vacinados e imunizados, principalmente porque a COVID começou a recrudescer novamente. O aumento de número de casos tem preocupado as autoridades e dirigentes – tanto que, em escolas particulares, várias suspenderam o ensino presencial e outras estão exigindo o uso de máscaras.
A imunização para a população acima de 18 anos e até 60 anos está demasiadamente lentas. Enquanto nos grupos de 70 anos ou mais 9 em cada 10 brasileiros estão com o esquema vacinal com três doses completo e avançam para a quarta dose, a faixa de 18 a 60 anos não chega sequer à metade, segundo dados do Ministério da Saúde e do IBGE.
A Folha de S. Paulo afirma que os percentuais diminuem conforme a idade: pouco mais de um terço dos brasileiros com idade entre 25 a 29 anos atualizou a proteção (35%), e menos do que isso na faixa dos 18 aos 24 anos (30%).
Se no início, quando as vacinas foram desenvolvidas, não se sabia por quanto tempo iria durar a proteção, agora já há estudos que mostram que o nível de anticorpos induzidos após a imunização cai em cerca de quatro meses.
Paralelamente, dados das Secretarias de Estado de Saúde coletados pelo consórcio dos veículos de imprensa (Folha, UOL, G1, O Globo, Extra e O Estado de S.Paulo) indicam que esse cenário não deve mudar no curto prazo, pois o ritmo de aplicações está em queda no país.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) chegou a superar a marca de 1 milhão de doses de reforço administradas diariamente, de acordo com a média móvel. Isso ocorreu na segunda quinzena de janeiro, período em que o país enfrentava uma explosão de novos casos devido à variante ômicron.
Desde então, a procura vem diminuindo.
De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, cerca de 85% da população recebeu a primeira dose e 77% tomou o esquema vacinal primário completo, isto é, duas doses ou dose única. A cobertura da terceira dose está em 47%, e a da quarta dose, em 9,4% (considerando apenas aqueles com 60 anos ou mais, faixa etária elegível para o segundo reforço). Os números são do último dia 18.
Nas últimas semanas, a taxa de positividade de testes de Covid nos laboratórios da rede privada subiu, passando de 12,5%, no final de abril, para 24,1%, no último dia 15. “Esse aumento de casos que estamos vendo agora é fruto da onda da ômicron em janeiro, e agora, passados quase cinco meses, já temos queda na proteção [por infecção]. E o baixo número de pessoas com reforço acaba tendo efeito também na perda da proteção conferida pela vacina”, diz o infectologista Renato Kfouri.
Como as populações mais vulneráveis são aquelas que serão mais atingidas frente a um recrudescimento de casos, como foi visto em outras ondas da pandemia, a população precisa prevenir a alta de casos atingindo coberturas vacinais de terceira e quarta doses maiores, explica a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emilio Ribas.
De acordo com ela, estão ocorrendo muitos casos de reinfecção em pessoas que contraíram a ômicron no começo do ano. “Como não estamos mais vivendo aquela tragédia do início de 2021, com falta de oxigênio e as pessoas morrendo sem ar, [as pessoas] não têm essa percepção de risco”, avalia.
Crédito: P.M. de Bom Jesus dos Perdões
Autor da Publicação
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