22 DE ABRIL É DIA MUNDIAL DO PLANETA TERRA, MAS NÃO TEMOS O QUE COMEMORA
As emissões poluidoras devem parar de aumentar antes de 2025, e cair 43% até 2030 – ou sejam nos restam apenas 7 anos e meio para cortar emissões e limitar o aquecimento global – e só temos alertas até agora, pouca coisa sendo feita efetivamente.
Um protesto ambiental ocorrido em 1970, liderada pelo ativista ambiental e senador estadunidense Gaylord Nelson (1916-2005) nas cidades de Washington, Nova York e Portland deu origem à escolha da data para comemoração do Dia da Terra.
O movimento foi grande. Diversas comunidades educacionais, com cerca de 20 milhões de pessoas, participaram, com passeatas e discursos alertando sobre as questões ambientais. Alguns dos temas são recorrentes e discutidos intensamente até hoje – mas a origem está lá: A poluição, a destruição do ambiente, o desmatamento e o efeito estufa.
A pressão feita pelo ativista deu certo – e, depois de 8 meses, o governo criou um órgão responsável pelos assuntos ambientais, denominado Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency), através da qual foram implementados e executados diversos projetos.
Em 2009, a ONU marcou a data como Dia Internacional da Mãe Terra – afinal, o movimento do senador representou um marco na história da ecologia, tendo sido promovidos encontros, conferências e debates em torno da questão do meio ambiente.
Esse momento representou um marco da história da ecologia. A partir daí muitos encontros, conferências, debates foram sendo criados em torno da questão ambiental, como a Conferência de Estocolmo (1972).
ALERTAS EXISTEM. MAS SÃO NECESSÁRIAS AÇÕES EFETIVAS
Roberto Fragoso, da Radio Senado, afirma que a data será comemorada sob alertas de um prazo limite para a redução do aquecimento global e do desmatamento, mas que a a comemoração chega sob alertas de que as nações não estão fazendo a sua parte e que o prazo para que as mudanças climáticas se tornem irreversíveis está acabando.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU divulgou que a última década registrou o nível mais alto de gases de efeito estufa da história.
Para que o aquecimento global fique dentro do limite estabelecido no Acordo de Paris, 1 grau Celsius e meio, as emissões devem parar de aumentar antes de 2025, e cair 43% até 2030.
Mais uma vez os cientistas disparam as sirenes. Temos até 2030 para cortar emissões e limitar o aquecimento global.
O relatório diz que, se não tomarmos atitude mais drástica, nós temos três anos apenas para ter ainda um ponto de retorno no processo de aquecimento global.
Nós precisamos, cada vez mais, trabalhar nessa conscientização e no posicionamento do Governo Federal em relação a essa matéria sobre desmatamento, sobre preservação das águas fluviais, das águas subterrâneas, do nosso oceano.
As principais fontes de poluição apontadas pelo relatório foram os setores de energia, indústria, agricultura e o desmatamento, que no Brasil foi responsável por 46% do total de emissões. A ONU recomenda como medidas urgentes o reflorestamento e a redução do uso de combustíveis fósseis, privilegiando fontes limpas como a biomassa, a eólica e a solar.(Da Rádio Senado, Roberto Fragoso).
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