PARANÁ CRIA QUATRO NOVAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – UMA PARA REFÚGIO DOS GUARÁS
Estado do Paraná criou quatro UCs – Unidades de Conservação, para proteção da biodiversidade; uma delas, o Refúgio da Vida Silvestre das Ilhas dos Guarás, tem como principal meta proteger essas lindíssimas aves, que dão nome ao município de Guaratuba.
O estado do Paraná ganhará quatro novas Unidades de Conservação (UCs) para proteger sua biodiversidade. O anúncio foi feito pelo governador em exercício Darci Piana como parte de uma séria de ações e investimentos na conservação ambiental.
As novas unidades de preservação são a Estação Ecológica Tia Chica, em Reserva do Iguaçu, Estação Ecológica Reserva de Bituruna, em Bituruna, Área de Proteção Ambiental (APA) do Miringuava, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e o Refúgio da Vida Silvestre das Ilhas dos Guarás, em Guaratuba, no litoral paranaense.
Juntas as quatro UC’s possuem uma área de mais de 5 mil hectares. Segundo comunicado do governo, as estações ecológicas de Bituruna e Reserva do Iguaçu não serão abertas para visitação pública, “por estarem em áreas de recuperação, com florestas de araucária, e estarão voltadas para a preservação desses ambientes. Serão permitidas nesses locais as atividades de pesquisa e educação ambiental”.
Já a APA de Miringuava será uma unidade de conservação de uso sustentável com o objetivo de proteger os mananciais responsáveis pelo abastecimento de água da capital e região metropolitana.
E o Refúgio da Vida Silvestre das Ilhas dos Guarás tem como principal meta proteger essas lindíssimas aves, que dão nome ao município de Guaratuba. Já escrevi várias reportagens aqui no Conexão Planeta sobre esses animais, entre elas, “De um a milhares em uma década, a história do incrível retorno do guará ao litoral paranaense“ (leia em De um a milhares: a história do retorno do guará ao litoral paranaense (conexaoplaneta.com.br)
Por 80 anos, a ave vermelho escarlate sumiu completamente da Baía de Guaratuba. Mas no dia 23 de junho de 2008 um pescador relatou: “Eu vi um guará…”.
Desde então, esforços de conservação, realizados sobretudo pelas ações do Instituto Guaju, têm garantido que o guará permaneça na região, em um ambiente saudável e protegido.
“O refúgio preserva o local de dormitório dessas e outras aves. Estamos dando um regramento para que as pessoas possam observar esses animais, mas de forma sustentável”, diz Rafael Andreguetto, diretor de Patrimônio Natural do Instituto Água e Terra (IAT).
As recém-criadas Unidades de Conservação se juntarão a outras 70 já existentes no Paraná. “Atuamos sempre com o objetivo de fazer com que essas unidades não sejam ilhas, não fiquem isoladas e possam proporcionar uma visitação, quando isso é permitido, com sinalização e apoio aos visitantes para que a gente possa desenvolver o turismo de natureza no Paraná”, ressalta Everton Souza, diretor-presidente do IAT.
No anúncio das novas Unidades de Conservação, foi anunciada também a produção de um livro fotográfico sobre as Unidades de Conservação do Paraná. A obra será de autoria do fotógrafo Zig Koch, um colaborador muito querido do nosso site, um dos autores do blog coletivo Por Trás das Câmeras.
“A ideia é tentar envolver o humano à conservação, para fugir da velha retórica que da cerca para cá eu faço o que eu quero e da cerca para lá ninguém mexe. É ter uma integração entre o ser humano com a natureza”, revelou Zig.
(fonte, texto e foto: conexãoplaneta.com.br – Suzana Camargo)
Medindo entre 50 e 60 cm, o guará possui bico fino, longo e levemente curvado para baixo