MP-SP QUER PROIBIÇÃO DE VENDA DE ANIMAIS NA OLX E MERCADO LIVRE

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O promotor Carlos Henrique Prestes Camargo afirmou haver provas mais do que suficientes de que os animais que são comercializados em plataformas de vendas online sofrem ‘maus-tratos, especialmente no envio aos compradores’

Uma recomendação do Ministério Público de São Paulo foi feita em uma ação civil pública aberta por seis ONGs para a proibição da venda de animais na OLX e Mercado Livre.

O promotor Carlos Henrique Prestes Camargo afirmou haver provas mais do que suficientes de que os animais que são comercializados em plataformas de vendas online sofrem “maus-tratos, especialmente no envio aos compradores”. Disse também não haver nenhum controle e fiscalização em relação aos criadores e vendedores.

À Folha de S. Paulo, a OLX “não comenta casos sub judice” e o Mercado Livre “repudia a prática de maus-tratos e violência contra animais”

A recomendação foi feita em uma ação civil pública aberta por seis ONGs, entre as quais a Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda) e a Associação Filantrópica Os Animais Importam.

Na ação, as ONGS dizem que há milhares de anúncios na internet de venda de cães, gatos, cavalos e outros animais domésticos. Segundo elas, as plataformas de venda, ao facilitarem as transações, contribuem para a existência de criadores amadores e clandestinos que não cumprem as normas de higiene, conforto, alimentação e saúde dos animais.

Segundo afirmam as ONGs no processo, criadores informais escapam à fiscalização e inspeção sanitária e, diante da inércia, cada vez mais vendedores de animais surgem nas plataformas de venda e sentem-se incentivados a proceder com seus negócios, de forma precária e prejudicial à saúde animal. 


(Foto: Divulgação/ONG Cão Sem Fome)