5 Mitos e verdades sobre o uso de descongestionantes nasais
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“Muitas pessoas consideram que a causa do nariz entupido é o excesso de muco produzido na cavidade nasal. Mas não é. O nariz congestionado é um sintoma que, geralmente, está associado à rinite, sinusite, gripes e resfriados, por isso, é importante descobrir a origem do problema”, informa o Piltcher.
– Vicia o organismo e causa rinite medicamentosa Verdade. O descongestionante nasal possui efeito vasoconstritor e, quando usado por mais de cinco dias, o organismo tende a precisar do medicamento para funcionar. O nariz entope constantemente, e só aplicando o produto as vias aéreas se abrem.
“Com isso, a pessoa passa a administrar mais gotas e em intervalos mais curtos para poder respirar, desencadeando uma rinite medicamentosa, ou seja, uma congestão nasal frequente devido à dependência do fármaco”, explica o médico.
– Pode causar problemas cardíacos e outros danos à saúde Verdade. Estudos apontam que o uso excessivo aumenta o risco de desencadear problemas cardiovasculares, hipertensão arterial e trombose, que é a formação de um coágulo de sangue que bloqueia a circulação e causa inchaço e dor nas pernas. Além disso, também afeta o sistema nervoso central, aumentando o risco de AVC (acidente vascular cerebral), insônia e ansiedade.
– Crianças estão proibidas de fazer uso da medicação Mito. É possível utilizar esse medicamento em crianças a partir dos 4 anos em situações muito específicas e com rigorosa recomendação médica. Mas de forma geral, não se recomenda o uso na infância, pois a proporção da dose de tratamento é muito próxima à dosagem que pode gerar algum efeito negativo à saúde, por isso, o cuidado é redobrado. “Há um risco grande de intoxicação, por exemplo, levando a atendimentos de emergência e internações”, completa Piltcher.
– Grávidas e lactantes não devem usar o produto Verdade. Apesar das evidências científicas não serem definitivas, não se recomenda uso de vasoconstrictores nasais tópicos e sistêmicos (comprimidos) na gravidez, pois podem prejudicar o desenvolvimento do feto e interferir na qualidade do fluxo sanguíneo da placenta.
“É importante que as pessoas se conscientizem dos perigos que o uso do descongestionante nasal oferece à saúde, se usado de forma indiscriminada. A automedicação com gotas vasoconstrictoras nasais facilmente se torna um agravante do problema. Por isso, no caso da congestão nasal é necessário procurar seu médico otorrinolaringologista para fazer o diagnóstico e assim receber o tratamento seguro e personalizado à condição clínica do paciente”, finaliza o especialista da ABORL-CCF. Com 75 anos de atuação entre Federação, Sociedade e Associação, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Departamento de Otorrinolaringologia da Associação Médica Brasileira (AMB), promove o desenvolvimento da especialidade por meio de seus cursos, congressos, projetos de educação médica e intercâmbios científicos entre outras entidades nacionais e internacionais. Busca também a defesa da especialidade e luta por melhores formas para uma remuneração justa em prol dos mais de 8.500 otorrinolaringologistas em todo o país. Nathalya Cippiciani | nathalya.cippiciani@midiaria.com (11) 94034-9279
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