LEI SECA FAZ 15 ANOS; MORTES DIMINUÍRAM, HOSPITALIZAÇÕES AUMENTARAM

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Nos 14 anos da Lei Seca, hospitalizações aumentaram, embora número de mortes tenha caído, de acordo com o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA). Álcool e direção causam 8,7 internações e 1,2 mortes por hora no país, em 2021.

Hoje, 19 de junho, a Lei Seca completa 15 anos de vigência. Em 2010, o índice era de 7 mortes e 27 internações a cada 100 mil habitantes. Em 2021, foram 36 hospitalizações e 5 óbitos a cada 100 mil habitantes.

Ou seja, as mortes em acidentes de trânsito causados pela mistura de álcool e direção caíram 32% no Brasil entre 2010 e 2021, mas o índice de internações aumentou 34% no mesmo período. 

Os dados foram divulgados pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) nesta segunda-feira (19), dia em que a chamada Lei Seca completa 15 anos em vigor no país.

Em 2010, o índice era de 7 mortes e 27 internações a cada 100 mil habitantes. Já em 2021, foram 36 hospitalizações e 5 óbitos a cada 100 mil habitantes.

A perigosa e proibida mistura de bebida alcoólica com direção causou 8,7 internações e 1,2 mortes por hora no Brasil em 2021, de acordo com as informações mais recentes levantadas pela entidade com base nos dados do Datasus, do Ministério da Saúde.

Foram 75.983 hospitalizações e 10.887 óbitos por essa causa em 2021.

Pessoas do sexo masculino representam 85% das internações e 89% das mortes.

Em relação à faixa etária, a população entre 18 e 34 anos de idade é a mais afetada.

 

A Lei Seca, que endureceu as regras para o consumo de álcool por motoristas, foi sancionada no dia 19 de junho de 2008. O Brasil é um dos poucos países do mundo a estabelecer tolerância zero para quem dirigir alcoolizado ou sob efeito de substâncias psicoativas.

Segundo a análise feita pela CISA, a tendência de queda foi vista tanto nas mortes como nas internações entre os ocupantes de veículos e pedestres. No entanto, entre ciclistas e motociclistas, a houve crescimento das internações.

Cerca de 5,4% dos brasileiros relataram dirigir após beber e esse índice apresenta estabilidade no Brasil, de acordo com a CISA.

Cenário nos estados

Mais da metade (17) dos estados brasileiros registraram índices de mortalidade superiores à taxa nacional de 2021.

Tocantins foi o estado que apresentou a maior taxa de mortalidade: 11,8 óbitos a cada 100 mil habitantes. Já o Rio de Janeiro, o índice foi o menor do Brasil, com 1,6 mortes.

Nas hospitalizações, Piauí está em primeiro lugar no ranking dos estados, com 85,2 internações para cada 100 mil habitantes. O menor índice foi registrado no Amazonas, com 11,8 casos.

Mais sobre a Lei Seca

O Brasil tem uma das legislações mais rigorosas do mundo sobre consumo de álcool e direção de veículos automotores. Dirigir sob efeito de álcool em qualquer quantidade é considerado crime no país.

A Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008, conhecida como Lei Seca, foi aperfeiçoada ao longo dos anos. Ela estabelece tolerância zero para a presença de álcool no sangue de condutores e punições que vão de multas à prisão, como em casos de acidentes que resultem em homicídio culposo ou lesão corporal.

 (Imagem Pixabay/informações CISA)