PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO BRASIL ATRAI INTERESSE EM N. YORK
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Secretária nacional Anna Paula Feminella discutiu tema na 16ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência; representante fala de expectativas em relação ao modelo de diálogo do grupo com as autoridades.
Concertar políticas e estratégias foi um dos destaques da 16ª Conferência dos Estados Partes da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, encerrada na sexta-feira em Nova Iorque.
Nessa entrevista à ONU News, a secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, que chefiou a delegação do Brasil no evento, fala dos desafios e oportunidades do país ao revitalizar a implementação da Convenção.
ACESSIBILIDADE EM CIDADES E PRECONCEITO
“Tem uma extensão imensa e territórios muito diversos. Entendemos que é fundamental o direito de ir e vir e o acesso à informação. São direitos muito fundamentais que ainda são violados não só no Brasil, como no mundo. Ainda precisamos aproveitar essa oportunidade dessa cooperação e da cooperação com o Brasil para seguirmos avançando com ações imediatas na superação dessas barreiras que nos impedem o acesso aos direitos e a colaborar com experiências”.
A representante ressalta que há expectativas em relação à construção do protagonismo das pessoas com deficiência em áreas da sociedade, incluindo a política.
“A gente tem esse investimento de promover numa cultura política de promover democracia para todos. Não há como fazer democracia sem incluir as pessoas com deficiência.”
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL A SEUS DIREITOS
O Brasil está desenhando um novo plano para ajudar a impulsionar ações em nível nacional em favor da pessoa com deficiência. Ao mesmo tempo, a representante reafirmou o compromisso da maior participação social do grupo em partilhar esses ganhos com a comunidade internacional.
“E agora a gente está retomando na perspectiva garantir a acessibilidade como direito, uma ferramenta e uma garantia que beneficie, não só quem tem deficiência, não só as famílias, mais que beneficie toda a sociedade.”
A construção de uma linguagem para melhorar o acesso de pessoas com deficiência intelectual a seus direitos atrai o Brasil. A secretária nacional disse que comunicar de forma simples propicia a democratização ao assegurar o acesso de todos à informação sobre seus direitos.
“O Brasil tem sido muito procurado pelos dirigentes dos outros países e nos surpreendeu esse protagonismo das mulheres com deficiência também aqui. Outra temática muito importante é a promoção dos direitos e do protagonismo e da dignidade das pessoas com deficiência intelectual. Então também se viu aqui que outros países também estão focados neste grande desafio. O Brasil também se coloca nessa disposição de construir junto.”
Para Anna Paula Feminella, o Brasil pode contribuir ainda mais para o debate global com as experiências locais de participação social e acessibilidade.
Anna Paula Feminella – ONU/Mayra Lopes