Morre Tony Bennett, um dos maiores cantores da música americana, aos 96 anos

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Tony Bennett, um dos maiores cantores da música americana, faleceu aos 96 anos, deixando para trás um legado de sucessos e uma carreira marcada por sua voz única e interpretações aconchegantes. Diagnosticado com Alzheimer em 2016, o cantor não parou de encantar o público com sua música.

Nascido como Anthony Dominick Benedetto em agosto de 1926, no bairro de Long Island City, no Queens, Tony Bennett mostrou sua paixão pela música desde a infância. Aos poucos, ele foi conquistando seu espaço na indústria musical e ganhou reconhecimento ao lado de lendas como Louis Armstrong e Frank Sinatra, que se tornou seu amigo e mentor.

Ao longo de mais de sete décadas de carreira, Bennett se destacou como intérprete de músicas populares tradicionais dos Estados Unidos, os chamados standards. Canções como “I Left My Heart in San Francisco” se tornaram verdadeiros marcos em sua trajetória.

Apesar de ter enfrentado desafios ao longo dos anos, como a diminuição de sua popularidade com o avanço do rock nos anos 1970 e problemas pessoais, Tony Bennett manteve-se fiel ao estilo musical que tanto amava. Seu apelo era único e difícil de explicar, mas sua habilidade em dar vida às composições de pop e jazz fez dele um dos mais importantes intérpretes do gênero.

Nos últimos anos, o cantor contou com o apoio de novas gerações, colaborando com artistas como Lady Gaga em projetos elogiados pela crítica, e mesmo com o Alzheimer, ele continuou emocionando plateias até sua última apresentação ao vivo em 2021.

Além de sua carreira musical, Bennett teve uma relação próxima com a política e participou de eventos importantes, como a marcha pelos direitos civis em Selma e apresentações para líderes mundiais, como Nelson Mandela e presidentes dos Estados Unidos.

A música perde um de seus grandes talentos, mas Tony Bennett sempre será lembrado por sua voz inconfundível e pela forma como perpetuou os clássicos da música americana, deixando um legado inestimável para a cultura do país e além.

Com: The New York Times