INGLATERRA E PAÍS DE GALES PROÍBEM MAIS UMA RAÇA DE CÃO

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Desta vez, a raça proibida é o  American XL Bully, ao qual são atribuídas mortes documentadas desde 2021,inclusive de tutores.

Por causa do aumento expressivo de ataques envolvendo o cão da raça XL bully americano nos últimos anos na Inglaterra e no País de Gales, o governo tornou crime ter um deles sem a posse de um certificado especial de isenção de propriedade, emitido pelas autoridades. Além disso, os animais com esse registro só poderão passear com coleira e focinheira.

Desde 2021, foram documentadas 23 mortes causadas por ataques de cães, e na grande maioria, elas envolveram o XL Bully americano. Entre os casos estão, inclusive, óbitos de tutores.

O chamado XL Bully é o maior dentre todos os bullies americanos. Com uma musculatura fortíssima, ele tem um peitoral e uma cabeça grandes. Os machos chegam a 50 cm de altura.

Em dezembro de 2023, já tinha sido proibida a criação, venda e doação de cães da raça. Na Escócia, uma lei similar entrará em vigor no final de fevereiro e a exigência de certificado para os tutores que quiserem manter os animais em julho.

Além da obtenção do certificado, que custa pouco mais de £90, cerca de R$ 580, será necessário obter um seguro, microchipar e castrar os XL bully americanos. O governo ofereceu compensação para quem não quiser mais cuidar de um e preferir sacrificar o animal.

No Reino Unido já é proibido criar outras raças, como pit bull terrier, tosa japonês, dog argentino e fila brasileiro.

Ainda segundo a legislação britânica, a proibição inclui também cães que apresentam as características físicas das raças acimas, ou seja, pode ser resultado de um cruzamento.

Um grupo de organizações de proteção animal criticou a decisão do governo. Para entidades como o Kennel Club, RSPCA e a British Veterinary Association, banir a posse de certas raças não é a solução para o problema, mas penalizar tutores irresponsáveis.

“Concordamos que é necessário tomar medidas urgentes para proteger o público de cães fora de controle, mas estamos desapontados pelo governo não ter aproveitado a oportunidade para rever completamente a Lei dos Cães Perigosos. Com o foco contínuo em raças específicas, em vez de um foco na prevenção e implementação de penalidades mais duras para os proprietários que não controlam os seus cães, essa legislação não é adequada à sua finalidade”, contesta a Dog Control Coalition.

(Da redação, com conteúdo de conexaoplaneta.com.br – 6 de fevereiro de 2024  Suzana Camargo – Foto: divulgação UK Government)