REDE PÚBLICA TEM FALTA DE REMÉDIOS, INCLUSIVE DE ALTO CUSTO
O jornal Folha de S. Paulo noticiou ontem que a rede pública tem falta de pelo menos 28 medicamentos usados pela rede estadual de farmácias do Estado, parcial ou totalmente. O jornal cita um documento elaborado pela Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria Estadual da Saúde.
Os responsáveis pelo fornecimento são o Ministério da Saúde (16 medicamentos) e o Governo do Estado (12 medicamentos) e que informaram que estão trabalhando para resolver o problema.
Quatro dos remédios estão totalmente em falta: alfaepoetina 1.000 ui injetável para tratamento contra a anemia em pacientes com insuficiência renal crônica e dependentes de diálise, e o deferasirox 125 mg, para sobrecarga crônica de ferro devido a transfusões de sangue, são de responsabilidade federal; a pomada clobetasol, 0,5 mg/g, indicada ao tratamento de doenças de pele, como a psoríase, e o naproxeno 250 mg, para artrite reumatoide e psoríaca, espondilite anquilosante e artrite idiopática juvenil, de responsabilidade estadual.
O principal medicamento para controle da epilepsia conta na lista: é o Levetiracetam, nas apresentações de 250 mg, 750 mg e 100 mg/ml – frasco de 100 ml (solução oral).
Além dos já citados, estão na lista azitromicina 500 mg, bezafibrato 400 mg, budesonida 200 mcg, calcipotriol 50 mcg/g, desferroxamina 500 mg injetável, fenofibrato 250 mg, genfibrozila 600 mg, mesalazina 1g+diluente 100 ml, pravastatina 20 mg, fórmula enteral oral para crianças a partir de um ano (todos de responsabilidade da Secretaria Estadual da Saúde).
De aquisição do Ministério da Saúde completam a relação biotina 2,5 mg, cinacalcete 60 mg, entacapona 200 mg, infliximabe 10 mg/ml injetável, micofenolato de sódio 180 mg, octreotida lar 10 mg injetável, rituximabe 500 mg injetável, teriflunomida 14 mg.
Tanto o Ministério da Saúde quanto a Secretaria de Saúde estadual afirmaram que os problemas estão sendo resolvidos.
Recentemente, o estado de São Paulo cobrou o Ministério da Saúde pela falta de 64 medicamentos e um insumo, tanto através da Secretaria de Saúde do Estado quanto pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems–SP), que enviaram um documento ao Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde pela sequência de intercorrências no abastecimento de remédios de alto custo, oncológicos e de canetas para agulha de insulina adquiridos pelo órgão e distribuídos à Secretaria Estadual da Saúde.
Segundo o ofício, o problema se arrasta desde junho de 2021. De lá para cá, de acordo com o documento, em alguns casos, a entrega é feita com atraso; em outros, o governo federal distribui quantidade menor e insuficiente. Ao longo do período também houve situações de desabastecimento total.
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