BALEIAS QUE ENCALHARAM SÃO GUIADAS COM SUCESSO PARA ALTO MAR

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Encalhadas na Praia de Pititinga, no Rio Grande do Norte, 16 das 21 baleias encalhadas foram levadas a nadar na direção certa para o alto mar; cinco dos animais morreram

Teve sucesso a operação realizada na segunda-feira (03/06) para guiar para águas mais profundas dezesseis baleias-pilotos (Globicephala) que faziam parte de um grupo que encalhou na praia de Pititinga, no município de Rio do Fogo, no Rio Grande de Norte.

Na sexta-feira (31/05) os animais foram encontrados em águas rasas próximo da praia e desde então equipes da organização Projeto Cetáceos da Costa Branca e do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental do Rio Grande do Norte começaram a trabalhar para tentar guiar as baleias de volta ao mar aberto.

A espécie é oceânica e raramente avistada perto da costa. Acontece que essas baleias sempre seguem um líder, a matriarca, e caso ocorra algum problema de desorientação, todas acabam nadando na mesma direção.

Em Pititinga, das 21 baleias que encalharam, cinco morreram. Segundo o Projeto Cetáceos da Costa Branca, amostras coletadas nesses cetáceos confirmaram a presença de uma infecção parasitária nos aparatos auditivos, ou seja, nos ouvidos, o que teria provocando a desorientação espacial.

A operação de ontem contou com a participação de bombeiros e pescadores da região, que emprestaram seus barcos. Foram colocadas redes presas a eles e pouco a pouco as baleias foram levadas a nadar na direção certa.

Ao final, os animais foram deixados a quase 6 km da costa. A expectativa agora é que se afastem do litoral e sigam em mar aberto.

Baleias-pilotos podem ser observadas no mundo todo, em regiões tropicais à temperadas quentes, sobretudo, em alto mar e ilhas insulares, em águas de grande profundidade, com o o caso de Fernando de Noronha, no Brasil.

Espécie do grupo dos golfinhos, elas podem chegar a ter mais de 7 metros de comprimento e pesar até 3 toneladas. Esses cetáceos são carnívoros, alimentando-se principalmente de lulas, mas também comem polvos e peixes. Eles vivem, em média, 60 anos.

(Fonte conexaoplaneta.com.br – Suzana Camargo – 04 de junho de 2024 – Foto de abertura: reprodução Instagram Cetáceos da Costa Branca)