SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE BARUERI É EXONERADO APÓS FALA CAPACITISTA

O Secretário de Educação de Barueri, Celso Furlan, foi exonerado ontem, sexta-feira, 16/5, pelas falas capacitistas do ex-secretário.

Numa reunião com diretores de escolas da cidade no dia 13 de maio,  que foi gravada e vazada numa rede social, o ex-secretário afirmou que as mães levam as crianças para a escola por que querem “se livrar” das crianças.

E continuou:

“Um garoto com problema de autismo significa 20 alunos a mais. Esse é um caso sério a se pensar. Não que eu queira descartar, mas nós temos a Casa dos Autistas, que fica em nossa Secretaria dos Deficientes. Mas as mães não estão preocupadas com isso. Elas querem se livrar do filho, e nós cuidamos deles. Não é certo”.

“Porque tem casos de deficientes cadeirantes que não mexem nenhum membro do corpo. Nada. Tudinho torto, não tem condição de aprender nada”, afirmou.

Celso Furlan foi exonerado do cargo e, a respeito do assunto, a Prefeitura informou que a política mantida na cidade é ética e inclusiva, voltada aos cuidados das pessoas com deficiência, seus familiares e cuidadores.

Leia a nota da Prefeitura:

“Em função do áudio que circula nas redes sociais sobre reunião na Secretaria de Educação, a Prefeitura de Barueri emitiu a seguinte nota:

A administração municipal de Barueri lamenta o ocorrido e informa que mantém uma política séria, ética e inclusiva voltada aos cuidados da pessoa com deficiência, seus familiares e cuidadores em nossa cidade.

Por oportuno, faz-se necessário reconhecer o trabalho que foi realizado durante anos por Celso Furlan à frente da pasta da Educação, o que levou o ensino de Barueri a ser premiado e a atingir um nível de excelência reconhecido em todo o país. Por fim, a administração municipal comunica o seu desligamento da Secretaria de Educação na presente data.”

O secretario exonerado, por sua vez, afirmou que “a gravação foi um recorte; que o assunto foi tema de uma reunião de trabalho, onde se discutia a criação de ambientes escolares com mais oportunidades de aprendizado e infraestrutura para os alunos com deficiência“, afirmando, ainda, quer reconhece “a importância de uma comunicação clara e respeitosa em todos os momentos. Meu objetivo não foi desrespeitar ou causar qualquer tipo de constrangimento. Repito: se trata de um recorte fora de contexto“.

(Da redação. Imagem: Ag. Brasil)