PETIÇÃO QUER PEDIR QUE O YOUTUBE PROÍBA A EXIBIÇÃO DE VÍDEOS QUE INCENTIVAM A CAÇA DE ANIMAIS SILVESTRES
Petição pública idealizada por rede de combate ao tráfico de animais silvestres idealizou campanha BASTA DE CAÇA; vídeos têm vale-tudo para faturar com a monetização e animais e pássaros são mortos com extrema crueldade.
A caça de animais silvestres é proibida no Brasil há 50 anos, mas pacas, veados, macacos, antas, catetos e pequenas aves, entre outros animais, estão sendo mortos com extrema crueldade e sua caça exibida no YouTube, sem qualquer restrição ou impedimento.
As cenas são horríveis! O estampido das balas é de arrepiar. Mas a plataforma alega que, de acordo com as diretrizes da comunidade, “a caça está num contexto geralmente aceito”. Por isso, tornou-se a plataforma favorita dos caçadores, contribuindo para o crescimento da caça ilegal no Brasil.
Por isso, a Renctas – Rede de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, fundada em 1999, idealizou a campanha Basta de Caça. Em seu site, destaca que, o que ocorre no YouTube, é “um vale-tudo para conquistar likes e faturar com a monetização”. “Alguns vídeos têm milhões de visualizações, o que traz muito lucro para o caçador”. E, consequentemente, para a plataforma.
Veja alguns dos títulos que apresentam o conteúdo de cada vídeo, revelando total crueldade e falta de empatia:
– “Lindos disparos na espera noturna…”,
– “Caçada em comemoração aos seis mil inscritos” (foto abaixo),
– “As quatro melhores caçadas à paca”, e
– “Caçada às capivaras, passo a passo”.
A campanha da Renctas está recolhendo assinaturas por meio de um abaixo-assinado online, que será enviado aos acionistas do YouTube. Para divulgá-lo e angariar assinaturas, a organização ainda produziu um vídeo que, já na introdução, faz um alerta contundente: “Ouça o som que o YouTube está tornando cada vez mais comum em nossas florestas“(confira no final deste post).
“O YouTube pertence ao Google e à empresa norte-americana Alphabet Inc. Queremos que os acionistas saibam que a plataforma está sendo utilizada para monetizar esses criminosos, levando à destruição da fauna silvestre em todo o Brasil. Por isso, quanto mais assinaturas, maior será nossa força!”, destaca a campanha.
Reprodução de vídeo
PL pode voltar para votação na Câmara dos Deputados
O crescimento da caça ilegal no país se deve principalmente ao incentivo do governo Bolsonaro com a liberação de armas e munições aos colecionadores, atiradores e caçadores (conhecidos pela sigla CAC). Eles são registrados e têm autorização da Polícia Federal para posse e porte de armas, além de licença para caçar, válida por três anos, emitida por órgão federal do meio ambiente.
Além disso, tramita no Congresso o Projeto de Lei 5544/20, de autoria do deputado federal Nilson Stainsack (PP-SC), que defende a caça esportiva de animais silvestres, ou seja, que caçadores possam atraí-los e matá-los de forma covarde, por diversão e prazer (como contei aqui), exatamente como revelam os vídeos publicados no YouTube.
Em meados de dezembro, esse projeto de lei entrou na pauta da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada federal bolsonarista Carla Zambelli.
Depois de muito tumulto – o relator foi grosseiro com parlamentares -, a sessão foi suspensa. Mas, na ocasião, Stainsack disse que não vai desistir e o PL voltará à agenda este ano.
Nesse mesmo período, o movimento Todos contra a Caça, que reúne “cidadãos e instituições da sociedade civil”, divulgava um abaixo-assinado contra liberação da caça no Brasil (ainda válido) e indicava a existência de 12 projetos de lei pró-caça de animais (direta ou indiretamente) em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado (listo todos no final deste post).
O apoio incondicional de Zambelli ao governo de Bolsonaro é bastante conhecido, assim como sua paixão por armas de fogo. Em outubro do ano passado, se gabou de tirar porte para usar armas calibre 38 e de atirar bem com um fuzil AR-!5. Portanto, a comissão e a votação do PL, acima mencionados, não poderiam estar em piores mãos.
Para defender o PL da caça esportiva ela ressalta que seu objetivo maior é o controle do javali, que é uma espécie invasora, que se reproduz rapidamente, não tem predadores naturais e ameaça outras espécies da fauna. O relator do PL, deputado Nelson Barbudo (PSL/MT) foi além: o objetivo do projeto é caçar javalis e búfalos!
No entanto, a lei que proíbe a caça no Brasil abre exceção para a caça do javali, ou seja, já contempla essa questão. Tanto que grupos favoráveis ao armamento têm se valido da lei para aumentar seu arsenal, inclusive com fuzis, como denunciou o programa Fantástico, em setembro deste ano. E o pior é que essa prática tem ajudado a espalhar ainda mais a presença desse animal pelo país.
Como se não bastassem o desmatamento, as queimadas criminosas, o tráfico de animais (que é a terceira atividade mais rentável depois do tráfico de drogas e de armas)e a caça ilegal, se esse PL for aprovado, colocará em risco animais silvestres de todas as espécies, entre eles macacos, araras e onças, aumentando sua vulnerabilidade e a lista de espécies que podem ser extintas.
Por isso, é urgente a mobilização da sociedade e de organizações, que pode ser feita de diversas formas. Participe da petição da campanha Basta de Caça, assine o abaixo-assinado do movimento Todos contra a Caça.
E dê sua opinião na consulta pública sobre o PL, no site da Câmara, que pode ser votado a qualquer momento. Eis o resultado, até agora: 74.579 (97% discorda totalmente), 310 (1% discorda na maior parte) e 1.817 (2% concorda totalmente).
Conexãoplaneta.com/br – de junho de 2022 – Mônica Nunes
WHATSAPP TERÁ INDEPENDÊNCIA DA AGENDA TELEFÔNICA
29 de outubro de 2024CLONAGEM DO WHATSAPP É UM DOS GOLPES MAIS APLICADOS CONTRA IDOSOS
10 de outubro de 2024IOS 18 PARA IPHONE ESTÁ DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD
20 de setembro de 2024
More News
-
CONEXÕES EMOCIONAIS ENTRE GATOS E OUTROS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
23 de setembro de 2024 -
ELEIÇÕES: S.T.F. GARANTE TRANSPORTE GRATUÍTO NO DIA DA VOTAÇÃO
24 de outubro de 2023 -
VIVO OFERECE 10 MIL BOLSAS DE APRENDIZAGEM
4 de abril de 2024