Estudos confirmam que passear com cachorros reduz risco de deficiências físicas e cognitivos; estudos acompanharam a qualidade de vida de mais de 11.000 participantes e compararam com idosos sem animais de estimação
Idosos que levam cães para passear têm menos problemas físicos e cognitivos, de acordo com um estudo publicado na revista científica Plos One. Para chegar a essa afirmação, os cientistas acompanharam a qualidade de vida de 11.233 participantes de 65 a 84 anos e compararam com a situação de idosos sem animais de estimação.
Segundo o artigo, o público que costuma passear com os cachorros tem metade da probabilidade de desenvolver uma deficiência. Além disso, os especialistas afirmam que pessoas que tiveram cães anteriormente apresentam risco de problema físico ou cognitivo 10% menor em relação a quem nunca teve um cachorro na vida.
Ainda assim, é preciso entender que o cerne do estudo não está em ter um cachorro, mas sim a atividade de passear com ele frequentemente. Acontece que, segundo os pesquisadores, o passeio com cães é uma atividade física de intensidade moderada, o que desencadeia o fator de proteção contra problemas físicos e cognitivos. Além disso, há maior interação social.
Mas atenção: se os tutores não caminham pelo menos uma vez por semana com o animal ou não praticam qualquer exercício físico, não há os mesmos benefícios. Os gatos não oferecem a mesma proteção, afirmam os especialistas.
De acordo com o relatório, esse risco de problemas físicos e mentais fica ainda menor quando o idoso em questão tem o hábito de praticar exercícios regularmente. “O estudo é o primeiro a indicar que ter um cão pode proteger contra o aparecimento de deficiências. O cuidado diário, a companhia e o exercício de um cão de estimação podem ter um papel importante a desempenhar no envelhecimento bem-sucedido”, afirmam os pesquisadores.
Anteriormente, um estudo da University of Toledo (EUA) apontou que a companhia de animais de estimação tem benefícios contra depressão e ansiedade. No artigo, os voluntários apresentaram níveis menores desses transtornos depois de um ano de adoção de um animal, e também se sentiram menos solitários.
Fonte: Plos One
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