ALUGUEL SOBE 9,49% DESDE JANEIRO,  QUASE O DOBRO DA INFLAÇÃO

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Com o encarecimento dos aluguéis em quase o dobro da inflação verificada nos últimos 12 meses, Inquilinos recorrem a moradias menores, para tentar driblar o reajuste, assim como bairros menos valorizados e prédios com serviços limitados

Para muitos, o sonho da casa própria acabou, com a elevação das altas do juros.

O remédio é continuar na locação – mas estes também subiram exponencialmente, motivado pelo retorno ao trabalho presencial (muitos haviam se mudado para cidades do interior, com aluguéis menores).

O índice FipeZap+ (primeiro índice de preço com abrangência nacional que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais) demonstra a alta dos aluguéis: neste ano, 9,49% desde janeiro, quase o dobro da inflação no país no período, que foi de 5,49%.

São Paulo tem um dos valores por metro quadrado para locação mais caros do país: R$ 43,00.

O reflexo naqueles que já estavam pensando em comprar seu imóvel financiado foi imediato: adiamento de planos, em razão do custo de financiamento e do alto risco de inadimplência. Com o aumento no preço dos aluguéis, muitas famílias têm procurado apartamentos menores, em bairros menos valorizados ou em prédios que oferecem menos serviços. Em São Paulo, por exemplo, o Centro da cidade passou a ser buscado com mais ênfase, e crescem ofertas de imóveis de apenas um quarto.

 

Os especialistas aconselham os inquilinos a negociar, até porque locar um imóvel, hoje, não está fácil para os proprietários, justamente pelo alto preço – e os candidatos a inquilino nem sempre têm recursos suficientes para aguentar o alto preço a pagar.

Os efeitos nocivos da inflação fazem aumentar a perda de renda dos locatários – e a taxa de vacância, que estava em 18% em março de 2020 (antes da pandemia), subiu para 24% em junho de 2021, 25% em dezembro de 2021 e agora, em junho deste ano, bate nos 24,3%. A informação é da Sindiconet. 

Crédito: Migalhas