A PROSA POÉTICA DE GRACILIANO RAMOS
Desde 1º. de janeiro, as obras do escritor Graciliano Ramos entrarão em domínio público. Assim, livros famosos como “Vidas Secas” e “Memórias do Cárcere” poderão ser reproduzidas livre e gratuitamente por qualquer editora. Mas afinal, quem foi Graciliano? | ||||
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Graciliano foi um firme defensor dos direitos humanos e da justiça social. Durante sua vida, envolveu-se ativamente em movimentos políticos e sociais, alinhando-se com causas progressistas e denunciando as injustiças que presenciava. Sua sensibilidade às questões do Brasil da década de 1930, período marcado por profundas desigualdades e dificuldades no país, influenciou sua produção literária, tornando-o um crítico perspicaz da desigualdade e da injustiça.
Sua contribuição para a literatura brasileira é reconhecida pela profundidade de suas análises sociais, sua habilidade em retratar a condição humana e sua linguagem precisa e despojada. É um dos principais expoentes do movimento literário conhecido como regionalismo modernista no Brasil, e seu legado é inquestionável. |
Obras notáveis
Caetés (1933) – O primeiro romance de Graciliano Ramos retrata a história de um professor solitário em Palmeira dos Índios, uma das cidades em que o autor viveu. Narrado em primeira pessoa, apresenta uma análise crítica das relações sociais e do comportamento humano. São Bernardo (1934) – Considerada uma de suas obras-primas, conta a história de Paulo Honório, um fazendeiro simples e inescrupuloso que ascende socialmente e se torna um grande latifundiário. A narrativa revela de forma contundente as relações de poder exploratórias, a opressão e a solidão. Angústia (1936) – Neste romance sufocante, o escritor mergulha nas angústias existenciais de um funcionário público em Maceió, Alagoas, explorando temas como culpa, neurose e inadequação social. Memórias do Cárcere (1953) – Obra póstuma de Graciliano Ramos, publicada no mesmo ano da morte do autor. Lançada originalmente em quatro volumes, o livro relata os acontecimentos do tempo em que esteve preso, de março de 1936 a janeiro de 1937. Vidas Secas (1938) surgiu como um retrato contundente e crítico das desigualdades sociais e das condições de vida precárias no Nordeste do Brasil, representando um texto rico em valor literário e uma denúncia social que ecoou fortemente no cenário brasileiro, tornando-se um dos títulos mais importantes da literatura brasileira do século XX. (Conteúdo reproduzido de A prosa poética de Graciliano Ramos | Vitrola. Conheça mais acessando o site vitrola.com.br) |
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