Celebra-se hoje o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna e Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher; ambas são extremamente importantes e estão ligadas.
O Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna é celebrado em 28 de maio, e visa promover um debate a nível nacional sobre a importância dos cuidados para a saúde da mulher. Além disso, fortalecer a necessidade de melhores políticas públicas que ajudem a garantir condições médicas de qualidade para as gestantes.
A diminuição da mortalidade materna é uma das principais metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a morte materna como decorrente de problemas ligados à gravidez ou por ela agravados, ocorridos no período da gestação ou até 42 dias após o parto. Entre as principais causas de morte materna no mundo estão: hemorragia grave, hipertensão na gestação, infecções, complicações de abortos e coágulos sanguíneos.
De acordo com o Relatório da Saúde Europeia divulgado recentemente, todos os países europeus conseguiram alcançar a meta de redução da mortalidade materna. A taxa média no continente europeu é de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos, número bem inferior aos 70 por 100 mil estipulados como um dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) pela Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas).
No Brasil, a situação é diferente – muito pior. Conforme dados registrados no Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, em 2021, o País teve média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Existe uma diferença muito grande em relação aos países do Velho Continente, acentuada ainda mais pela pandemia.
Dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostravam no ano de 2016, no Brasil, que 1.829 mulheres morreram por causas relacionadas/agravadas por gravidez, parto ou o puerpério (período pós-parto de 42 dias). No mundo todo, 830 mulheres morreram por dia por essas causas.
Ainda sobre o Brasil, 54,1% das mortes maternas no país ocorrem entre as mulheres negras de 15 a 29 anos. A população negra feminina também tem duas vezes mais chance de morrer por causas relacionadas à gravidez, ao parto e ao pós-parto quando comparadas às mulheres brancas.
No entanto, a partir de 2020, com o avanço da Covid-19 no país, um levantamento realizado pelo Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19 (OOBr Covid-19), registrou que no ano passado tivemos 453 mortes de gestantes e de mães puérperas, sendo 10,5 óbitos da média semanal. Entretanto, esse número da média semanal dobrou em 2021, até o dia 7 de abril, foram 289 mortes (22,2 óbitos na média semanal).
O mesmo estudo mostra que a falta de acesso a tratamentos adequados é apontado com uma das principais causas do crescimento de mortes de gestantes e puérperas. Uma em cada cinco gestantes e puérperas internadas com coronavírus não tiveram acesso a UTI e cerca de 34% não foram intubadas, conforme afirma o OOBr Covid-19.
Os especialistas pregam que a prevenção é o melhor remédio. As mulheres, desde que descoberta a gravidez, deveriam ser acompanhadas permanentemente pelas equipes de saúde de seus municípios, que agendariam os exames de ultrassom, sangue e outros necessários para aferição de uma gravidez saudável.
Além disso, as gestantes de risco (diabéticas, acima do peso, com idade mais avançada ou com alguma deficiência) seriam acompanhadas mais de perto; caso não comparecessem aos exames agendados, deveria ser feita busca ativa, a fim de compelir a gestante a fazer as aferições necessárias para uma gravidez tranquila e sem problemas maiores.
A OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde lista os principais eventos ligados à morte materna:
- 99% de todas as mortes maternas ocorrem em países em desenvolvimento.
- A mortalidade materna é maior entre mulheres que vivem em áreas rurais e comunidades mais pobres.
- Em comparação com outras mulheres, as jovens adolescentes enfrentam um maior risco de complicações e morte como resultado da gravidez.
- Cuidados antes, durante e após o parto podem salvar a vida de mulheres e recém-nascidos.
- Entre 1990 e 2015, a mortalidade materna no mundo caiu cerca de 44%.
- Entre 2016 e 2030, como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a meta é reduzir a taxa global de mortalidade materna para menos de 70 por cada 100 mil nascidos vivos.
DIA INTERNACIONAL DE LUTA PELA SAÚDE DA MULHER
Nesta data ainda é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, iniciativa que teve início durante o IV Encontro Internacional Mulher e Saúde, na Holanda, em 1984.
Em 1987, durante uma reunião dos membros da WGNRR em Costa Rica, 28 de maio foi declarado como o Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher. Desde então, 28 de maio tem sido reconhecido internacionalmente e atividades são realizadas em todo o mundo por grupos de mulheres e de saúde.
28 de maio é um dia especial em que a saúde da mulher tem um papel central. É, portanto, uma ocasião para celebrar os ganhos para a saúde das mulheres, bem como lembrar aos Ministérios da Saúde, governando presidentes, governadores, parlamentares, bem como as agências Internacionais, e empresas com fins lucrativos de seus compromissos com a saúde e os direitos das mulheres.
Também tem sido a plataforma de campanha para defender e avançar para o reconhecimento dos conceitos de sexualidade, direitos sexuais e direitos reprodutivos e estruturas de saúde a nível nacional, regional e internacional. Exemplos de sucesso de milhares de vozes foram som juntos durante este dia são o reconhecimento do Dia Internacional por diferentes governos, agências e da sociedade civil em todo o mundo.
para o combate às doenças que mais atingem o público feminino. No mesmo dia, o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna destaca a importância de cuidados pré-natal e cuidados pós-parto para saúde da mãe e do bebê. A importância de um sistema de saúde de qualidade, com leitos suficientes e acompanhamento da gestante também são requisitos para reduzir o número de mortes de mulheres durante a gestação, o trabalho de parto e o puerpério. O vídeo abaixo conta historias de mulheres que morreram na hora de dar à luz e o que pode ser feito para que outras mulheres não passem por isso (copie e cole no navegador para acessar o vídeo):
(136) Caminhos da Reportagem | Morte materna: histórias de dor e saudade – YouTube
Fontes: OPAS, Portal UOL, Ag. Brasil)
Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e de Luta pela Redução da Mortalidade Materna
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