AUMENTO NOS CASOS DE DENGUE: ESPECIALISTA APONTA OS PRINCIPAIS SINTOMAS E ALERTA PARA OS RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO

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No final do ano de 2022, houve recorde de número de morte pela doença. Já nos primeiros 4 meses de 2023 houve um salto de 30% de casos em relação ao mesmo período do ano passado; país já registrou 899,5 mil casos prováveis da doença viral

Transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, a dengue é uma doença viral que pode causar sintomas graves e, até mesmo, levar à morte. De acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde, 899,5 mil novos casos prováveis ​​de dengue foram registrados no país até o fim de abril, um aumento de 30% na comparação com o mesmo período de 2022 (690,8 mil), atingindo 75% dos municípios brasileiros.
 

Diante dos números alarmantes, o Ministério da Saúde lançou no último 4 de maio a campanha de combate à dengue, ao zika vírus e à chikungunya, com foco em alertar a população e reforçar os cuidados preventivos contra a proliferação do mosquito.

O enfermeiro infectologista Milton Alves Monteiro Junior, coordenador do serviço de controle de infecção hospitalar do HSANP – Hospital San Paolo, explica que os sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos, dores musculares e nas articulações, náuseas e vômitos. “Em casos mais graves, pode levar a complicações como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal. Por isso, é importante que o paciente procure por atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas da doença, pois, o diagnóstico tardio pode causar complicações”, comenta.
 

Ele acrescenta que o tratamento da dengue é baseado principalmente no alívio dos sintomas e no controle das complicações que podem surgir durante a doença. “Não existe um tratamento específico para a dengue. Em casos mais leves, é tratada com repouso, hidratação e uso de medicamentos que aliviam a dor. Nos casos mais graves, é necessária a internação para monitoramento dos sinais do paciente e controle da evolução da doença”. 

Evite a automedicação, pois, embora possa amenizar os sintomas, não trata a doença em si e pode agravar o quadro do paciente. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico para um tratamento adequado”, finaliza.

CUIDADO COM A ÁGUA PARADA

Tão ou mais importante que a atenção aos sintomas, é a atenção à proliferação do mosquito. Para isso, é de extrema importância que a população adote medidas simples, como não deixar água acumulada em recipientes, pneus, garrafas e vasos de plantas, que podem servir de criadouros. Recomenda-se o uso de repelentes e telas nas janelas para evitar a picada do mosquito.