Uma das grandes frustrações dos tutores é o pequeno tempo que os pets passam a seu lado. A expectativa de vida de um cão giras em torno de 10 anos – muito pouco para quem tem amor (recíproco) de sobra.
O sonho comum a todo tutor é que o seu pet viva por muitos anos ao seu lado e que, na terceira idade, não sofra muito. Nem todos conseguem realizar esse desejo, visto que a expectativa de vida média para cães é em torno dos 10 anos, o que é considerado muito pouco para quem tem amor de sobra.
Ultrapassar a expectativa com qualidade de vida é verdadeiramente um desafio — imagine então dobrá-la?
Foi o que aconteceu com o dachshund Tico, da produtora audiovisual e fotógrafa Rebeca Carbonaro. Hoje o cachorro tem 20 anos e está bem de saúde, como indicam os seus exames periódicos.
Dada a curiosidade grande diante de algo extraordinário, perguntamos à tutora quais os segredos para essa longevidade.
“Acredito que foi devido a todo o cuidado que demos para ele ao longo dos anos. O Tico ainda enxerga e isso impressiona até a veterinária. Sempre usávamos colírio para evitar catarata, e começamos a alimentação natural aos 9 anos, quando descobrimos uma doença renal. Isso foi parte do tratamento”, diz Rebeca, que inclui na lista dos esmeros o amor profundo que a família tem pelo animal.
Isso não significa que Tico não enfrentou problemas de saúde ao longo de suas duas décadas. Na verdade, o cachorrinho rebaixado já contraiu doença do carrapato — e, por isso, seu coração ficou maior do que o normal. Também teve otite, problemas nos rins e hérnia de disco.
“Hoje os problemas estão tratados. Ele também toma suplementos para amenizar os efeitos da velhice nos ossos e cérebro, para retardar a demência canina”, explica Rebeca.
Além destes cuidados, o dachshund requer uma atenção diária devido à fragilidade inerente à idade. Como conta de forma comovente em seus vídeos no TikTok, Rebeca respeita o ritmo de seu cachorro, acordando-o aos poucos pela manhã e deixando o seu corpo se aquecer antes de partir para as atividades do dia.
Nestes 20 anos juntos, ela já entendeu como Tico funciona. Por exemplo, em um dos vídeos, Rebeca mostra que, quando ele é acordado e quer levantar, solicita ajuda levantando o pescoço.
Ela então o levanta e o segura enquanto espera o primeiro xixi da manhã, porque como Tico ainda está “dengosinho”, não fica firme o suficiente para ficar em pé sozinho. Segundo a tutora, ele dá sinais de que está urinando: o rabo fica mais endurecido e, quando ele termina, sempre boceja. Como quem comunica “pronto, mãe, terminei”.
Com muita personalidade, o cachorro ainda consegue reclamar e agradecer à sua tutora. “Nos entendemos muito bem! Hoje em dia, ele não consegue mais abanar o rabo, mas eu vejo pelos jeitos e olhares dele quando algo o agrada. Ele reclama e ‘espirra’ quando quer algo. Quando estou fazendo alguma refeição, ele faz de tudo para chamar atenção e ganhar um petisco”.
Arquivo pessoal
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