CAVALO DE CARRUAGEM DESMAIA EM RUA DE NOVA YORK E DESENCADEIA PROTESTOS
Aumentam protestos contra o passeio turístico em charretes puxados por cavalos; flagrante de cavalo desmaiando, sem atendimento imediato desencadeou onda de revolta
Estamos em 2022, não em 1822.
Já se foi o tempo, na verdade, muitos séculos atrás quando os seres humanos usavam cavalos como meio de transporte. Hoje em dia esse tipo de exploração é simplesmente inaceitável.
Mas infelizmente, ainda acontece nos dias de hoje em algumas cidades do mundo, como Nova York, onde esse tipo de “passeio turístico” continua permitido. Não apenas nos EUA, infelizmente. Aqui no Brasil, muitas cidades turísticas continuam usando esse tipo de passeio.
Pois na semana passada um flagrante de um cavalo desabando nas ruas da cidade americana desencadeou uma onda de protestos contra esse tipo de atividade. A cena foi registrada no último dia 10 de agosto e o animal fica imóvel no chão, não se sabe se por causa do calor extremo ou alguma doença.
Durante uma hora o cavalo permaneceu deitado no asfalto, sem atendimento veterinário, no meio de uma rua com muito trânsito. Policiais tentaram reanimar o animal, molhando-o com água vinda de uma mangueira.
Segundo relatos divulgados pela imprensa local, o cavalo já tinha demonstrado sinais de estresse horas antes do incidente, pois estava com a língua de fora e apresentava dificuldade para caminhar.
Uma das cenas mais revoltantes de todo esse episódio é o seu “condutor” chicoteando e batendo no animal para que ele se levante do chão.
Uma das organizações que luta há anos para que cavalos não sejam mais usados em carruagens é a New Yorkers for Clean, Livable, and Safe Streets.
Em sua campanha, em 2013, o ex-prefeito de Nova York Bill de Blasio tinha prometido acabar com esse tipo de passeio no “primeiro dia de seu mandato”. Mas ele não conseguiu. A indústria que administra esse setor é forte e tem influência na cidade.
Já existe uma lei municipal que proíbe os passeios de carruagem com cavalos quando a temperatura está acima dos 32oC e que também determina que eles não “trabalhem” mais de nove horas por dia. Há ainda um projeto de lei, em tramitação, que pede a proibição dessa atividade e como alternativa o uso de carruagens elétricas.
Atualmente são aproximadamente 200 delas que trafegam nos arredores do Central Park, em Nova York. Em geral, o passeio custa US$ 165 por hora.
A organização internacional PETA utilizou suas redes sociais para protestar contra esse episódio mais recente de horror e maus tratos.
“Fazer cavalos puxarem cargas como carruagens é cruel. Os cavalos são forçados a trabalhar em condições climáticas extremas, desviar do tráfego e bater contra a calçada o dia todo. Eles podem desenvolver doenças respiratórias ao inalar os gases de escape dos veículos motorizados e problemas debilitantes nas pernas devido ao andar em superfícies duras”, denuncia a ONG.
(17 de agosto de 2022 – Suzana Camargo – Conexão Planeta)
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