COREIA DO SUL PROÍBE CRIAÇÃO, ABATE E  COMÉRCIO DE CARNE DE CÃES

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 Objetivo é acabar com a indústria do setor, já que a Coreia do Sul é o único país do mundo que cria cães de forma intensiva para consumo humano em grande escala. Lei dá prazo de três anos para que abatedouros e  restaurantes mudem o tipo de negócio

Depois de anos permitindo o polêmico comércio de carne de cães, o Parlamento da Coreia do Sul aprovou uma lei na terça-feira (09/01) que proíbe a criação e o abate de cachorros para esse fim.

 O texto bane ainda a distribuição e a venda de produtos feitos ou processados com ingredientes fabricados com base na carne de cães.

Todavia, a legislação não prevê punição para cidadãos que consomem esse tipo de “alimento”, ou seja, o objetivo é apenas acabar com a indústria do setor. 

A Coreia do Sul é o único país do mundo que cria cães de forma intensiva para consumo humano em grande escala. Estima-se que sejam 2 milhões de animais abatidos por ano, que passam uma vida miserável dentro de gaiolas.

Comerciantes do setor, como proprietários de matadouros de cães e restaurantes que vendem sua carne terão três anos para mudar o tipo de negócio, determina a lei recém-aprovada. Aqueles pegos matando o animal para a produção de carne, a lei prevê uma multa de quase R$ 100 mil ou prisão de até três anos.

Para entrar em vigor, o presidente Yoon Suk Yeol precisa sancionar a lei, o que certamente acontecerá, já que foi um defensor da campanha nacional para dar um basta nessa prática. Ele e a esposa têm vários cachorros e adotaram um cão-guia no final do ano.

Pesquisas com a população da Coreia do Sul revelam que a grande maioria das pessoas, sobretudo os mais jovens, não aprova o consumo da carne de cachorro. 

Entretanto, os mais velhos ainda têm o hábito de comer, especialmente em sopas, chamadas de “boshintang”, ou como tônicos, “gaesoju”, que teriam “o poder de revigorar o sangue e reduzir a letargia”.

(Da redação, com conteúdo de conexaoplaneta.com.br –  9 de janeiro de 2024  Suzana Camargo – Foto:  Fredrik Öhlander on Unsplash)