COTIA TEM MÉDIA DE 2,9 MORTES POR MÊS NO TRÂNSITO EM TRÊS ANOS

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Estatística abrange a Rodovia Raposo Tavares; apesar de ser via estadual, as vítimas são socorridas em unidades de saúde e no Hospital de Cotia, o que a inclui no rol de incidentes

Cotia teve 78 óbitos relacionados ao trânsito no município, assim distribuídos> 32 mortes em 2021, 38 mortes em 2022 e, em 2023, até março, 8 mortes. Os números provavelmente são maiores, porque os dados são computados em até 30 dias da ocorrência do sinistro.

Os dados abrangem também a Rodovia Raposo Tavares, cujo trânsito é de competência estadual, mas a conta fica com o município, porque as vítimas do trânsito da Raposo são socorridas no hospital e nos Pronto Atendimentos de Cotia.

Os gráficos abaixo mostram detalhadamente os números de sinistros no trânsito, tais como tipos de vias, óbito mês a mês, óbitos acumulados no ano, óbito por locomoção da vítima, local do óbito, sexo da vítima, diferença dos dias entre o sinistro e o óbito, óbito por tipo de vítima, óbito por tipo de sinistro, óbito por faixa etária.

São dados que impressionam, relevando notar que a maior parte das vítimas fatais é do sexo masculino e 61,54% dos acidentes fatais ocorrem em rodovias, ao passo que 26,92% ocorrem em vias municipais.

Essa é a razão principal pela criação do Maio Amarelo, que busca dar acesso ao usuário de todas as informações, conteúdos educativos e campanhas de prevenção de acidentes para tentar diminuir os índices de acidentes.

 A diminuição das mortes no trânsito depende da conscientização dos condutores, pedestres e ciclistas, porque todos estão envolvidos.

E é uma escolha do condutor dirigir embriagado, utilizar o telefone celular na condução do veículo, dirigir sem utilizar o cinto de segurança e praticar outras ações que tiram sua atenção do entorno – e isso foi o que motivou o tema da campanha deste ano: NO TRÂNSITO, ESCOLHA A VIDA.

Acidentes de trânsito não tiram apenas vidas, mas trazem consideráveis custos financeiros tanto para as famílias das vítimas (sejam os condutores, sejam as outras vítimas). De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), dados de 2020,    uma vítima de sinistro de trânsito que não vem à óbito custa para o Estado em média 260 mil reais e para óbitos cerca de 670 mil (fonte IPEA 2020), chegando a dar um prejuízo aos cofres públicos de cerca de 12 bilhões por ano, valores estes que poderia estar sendo empenhados em recursos na educação, segurança e no próprio trânsito.

Achamos importante alertar para o crescimento dos números de acidentes no município, o que acende a luz de alerta para o quesito trânsito. O caminho para conter esses números são campanhas educativas permanentes em escolas e comunidades, porque afinal as crianças serão os futuros motoristas ou pedestres nas vias de nossa cidade – e, crescendo conscientes, terão mais responsabilidade num assunto que envolve todos, sem exceção

E não se esqueça, NO TRÂNSITO, ESCOLHA A VIDA.

 

(Reinaldo de Souza, Agente de Trânsito. Fontes infosiga.sp.gov.br, IPEA e portais)