COVID: CASOS DEVEM FICAR EM ALTA ATÉ JANEIRO; PLATÔ DEVE CHEGAR EM 15 DIAS
Especialistas afirmam que as aglomerações para assistir aos jogos, as confraternizações e os ajuntamentos vão aumentar ainda mais o risco de transmissão do vírus; uso de máscara pode amenizar o perigo. Festas de confraternização de firmas devem ser evitadas e reuniões familiares devem tomar cuidado com idosos e imunossuprimidos.
O Covid está em alta, novamente no país. Isso o povo vem sentindo já há algumas semanas, embora não dê muita importância porque os sintomas são leves.
E a população se acostuma com tudo – acaba tratando a Covid como uma gripe forte, mesmo, não faz os testes e milhões deixaram de tomar as doses de reforço da vacina – muitos sequer tomaram vacina até agora.
Tudo isso faz o risco de aumento dos casos de Covid aumentar ainda mais.
As compras de final de ano, onde milhares de pessoas se cruzam nas ruas, lojas e alamedas de shoppings, as confraternizações de empresas, tudo somado às aglomerações para assistir e comemorar a Copa do Mundo – tudo são fatores de risco para aumento da doença.
Especialistas afirmam que o impulsionamento já existe, ou seja, já há aumento de circulação de pessoas infectadas, com febre e sem nenhuma proteção como máscaras – além de não tomarem vacinas, por negacionismo ou negligência.
Os casos são subnotificados, as ondas de covid estão cada vez mais próximas uma da outra e trazem as reinfecções. Segundo os especialistas, é porque as pessoas perderam o medo, mas não levam em consideração que mesmo formas leves podem trazer danos neurológicos, cardiológicos e respiratórios.
A reinfecção pode levar a formas graves e complicar a doença.
A medidas de proteção, assim, voltam a ser importantes, tais como o uso da máscara –principalmente em ambiente fechado, sem renovação de ar e com aglomeração– o esquema vacinal completo, inclusive com as doses de reforço, são essenciais para o controle da Covid-19.
Recomendam ainda que, para festas e reuniões, a testagem prévia é importante, no dia do evento, devido à disponibilidade de autoteste nas farmácias.
Os aumentos pontuais da doença devem continuar até janeiro, graças à negligência com a vacina, falta de uso de máscaras, fala de subnotificação que possibilite uma estratégia real e efetiva. E o aumento de casos nas últimas semanas é uma notícia ruim e realo. As internações e mortes subiram, embora menos quando das ondas de 2020, 2021 e início de 2022.
Especialista da Unesp (Universidade Estadual Paulista), ouvido pela Folha de S. Paulo, afirma que o pico dos casos deve ser atingido em duas semanas, permanecendo estável até a primeira quinzena de janeiro.
Por isso, ele recomenda que não é o momento de promover festas de final de ano e, nas festas familiares, quem for a esses eventos deve evitar contato com idosos e imunossuprimidos.
“Isso porque as festas de final de ano são momentos de muita transmissão. Já fui consultado por grandes empresas que perguntaram se deveriam ou não fazer festa de confraternização e eu disse que não. Ainda não é o momento de expor uma população que pode ser vulnerável à infecção pelo vírus”, diz Barbosa.
O cientista ressalta que a regra também vale para festas familiares. “As que expõem pessoas vulneráveis são desaconselháveis.” Segundo o médico, quem for a estes eventos deve evitar contato com idosos e imunossuprimidos.
O Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado em 29 de novembro, mantém o alerta para o crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19 em todas as regiões do país. Essa tendência está presente especialmente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.
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