EMPRESAS COM LIDERANÇA FEMININAS GANHAM RELEVÂNCIA NO MERCADO

Com ganhos em diversas frentes, a liderança feminina desponta hoje como importante estratégia corporativa para conferir vantagens competitivas no mercado 

 Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE aponta que 37,4% dos cargos gerenciais existentes no Brasil são ocupados por mulheres. Os indicadores, que propõem mudanças, também apontam para a necessidade de ações efetivas em favor do empoderamento feminino.

 Para especialistas, cabe às corporações incluírem em seus planos estratégicos os objetivos de diversidade e equidade na tentativa de reduzir os impactos da dificuldade de acesso das mulheres às posições de alta gestão. Além disso, vários fatores sinalizam os benefícios desta agenda, como o estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostra que empresas que apostam na formação de um time diverso tem aumento de até 20% no lucro.

A pauta ganha cada vez mais força no contexto global e tem apoio de importantes vozes mundiais. Na Semana de Debate Geral, que precedeu a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas — ONU do ano passado, por exemplo, a ativista pela inclusão das mulheres no mercado, Melinda Gates, assumiu o microfone para destacar a relevância desta agenda na economia global. No palco do evento, nos Estados Unidos, Melinda relatou que é necessário ir além do discurso sobre empoderamento feminino. 

  “Temos que garantir que as mulheres tenham poder. Não é apenas levar a comida para a mesa, mas permitir que elas tomem decisões a respeito dessa mesa e também participem efetivamente das decisões quando as políticas públicas são criadas”, anunciou. 

Saindo de Nova Iorque e desembarcando no cenário brasileiro, desenvolver ações e projetos em favor da força feminina deixou de ser tendência para ser um posicionamento cada vez mais real. Sinônimo de inovação e crescimento, a liderança da mulher nas companhias vem se consolidando nas últimas décadas, como reflexo da busca por direitos iguais e equidade de gêneros.  

  Em solo brasileiro, organizações se tornam vitrines pela aposta em iniciativas que fazem do protagonismo feminino o motor para resultados fora da curva, como o Grupo Sabin. Conhecida como empresa de alma feminina, o grupo investe nas competências delas e colhe resultados. Com mais de 7 mil colaboradores, 77% das cadeiras são ocupadas por mulheres, e 74% dos cargos de liderança são comandados por elas. 

A presidente da empresa, Lídia Abdalla destaca, “na saúde, soft skills mais comuns às mulheres, como empatia, resiliência e flexibilidade sempre foram um diferencial na qualidade do cuidado oferecido, o que se observa nos últimos anos é a valorização dessas características nas posições de liderança.”

 “Aqui entendemos que nossa evolução é feita de pessoas e dedicadas para as pessoas. Por isso o papel da liderança é tão importante. Nossas colaboradoras estão no centro das nossas estratégias, com programas voltados para o cuidado, o empoderamento, a autonomia e um ambiente que apoie sua jornada em seus diferentes papéis na sociedade”, destacou.

 A executiva atribui os resultados alcançados pelo Grupo em seu processo de expansão também à força feminina presente no DNA da organização. “Nos últimos 10 anos avançamos com nossa presença em todas as regiões do país, um movimento ousado, planejado e executado por uma equipe diversa, comprometida, o que tem nos permitido crescer de forma sustentável”, destaca a presidente.

Com presença em 15 estados e no Distrito Federal, a gestão acolhedora e inclusiva da empresa também se reflete nas 13 cidades onde está presente em São Paulo. A regional de São José dos Campos, que responde por todas as unidades do Grupo Sabin no Vale do Paraíba, possui 86% de mulheres em seu corpo funcional e na equipe de gestão elas ocupam 81% das posições.

Esse foi um dos motivos que levou Sílvia Cardoso, executiva responsável pela regional a sair da capital para uma função de liderança no grupo há pouco mais de um ano, “minha vinda para o Grupo Sabin foi um coroamento na minha carreira, como farmacêutica bioquímica. O propósito do Sabin fala muito com o meu. A valorização e o apoio ao desenvolvimento e protagonismo feminino é muito forte aqui. São declarados e a gente sente que tem voz e valor”.