Considerada a maior mostra sobre o modernismo brasileiro já realizada, reúne mais de 300 obras e documentos inéditos sobre a intimidade dos artistas e pensadores modernistas
A exposição Era Uma vez o Moderno [1910-1944], é uma parceria do Centro Cultural Fiesp (CCF) e o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo (USP) e reúne diários, cartas, manuscritos, fotos e obras dos artistas e intelectuais que fizeram parte de diversas iniciativas em torno da implantação de uma arte moderna no Brasil, entre 1910 e 1944.
A mostra conta com mais de 300 obras e documentos que farão o público revisitar três décadas dessa história e, em especial, as produções dos autores e pensadores que participaram da Semana de Arte Moderna, em 1922, cujo centenário se dará em fevereiro do ano que vem.
O público encontrará as obras e reflexões de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Manuel Bandeira, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Osvaldo Goeldi, Ismael Néry, Guilherme de Almeida, Gilberto Freire, entre muitos outros.
A exposição é a maior sobre o modernismo brasileiro já realizada no mundo e pretende mostrar a dimensão humana das mulheres e homens que participaram do debate em torno da possibilidade de se fazer uma arte moderna no Brasil, assim como a diversidade de manifestações e direções do que se convencionou chamar de modernismo brasileiro.
Os visitantes poderão conhecer o diário de Anita Malfatti, de 1914, que registra os preparativos da sua primeira exposição individual, realizada em São Paulo. E para a experiência ficar ainda mais real, os visitantes vão poder assistir vídeos protagonizados por atores que interpretam alguns artistas modernistas em momentos importantes de suas vidas e também da história do movimento cultural.
Em outros dois pontos relevantes da mostra, o personagem virtual de Tarsila do Amaral, está lendo uma carta datada de 1920, na qual, de Paris, na França, ela escreveu para Anita Malfatti, relatando os seus primeiros encontros com a arte moderna, em particular, com o futurismo italiano de Umberto Boccioni que então a escandalizou.
Entre os quadros que estarão na mostra Era Uma Vez o Moderno, O Homem Amarelo, um dos mais conhecidos de Anita Malfatti. A pintura foi parte integrante da Exposição de 1917 e da Semana de Arte Moderna de 1922. A obra O Mamoeiro, de Tarsila do Amaral, finalizada em 1925, também estará exposta na mostra. Neste quadro, a artista buscou representar a realidade da época fazendo uso de cores fortes e formas geométricas influenciadas pelo cubismo e pela arte do francês Fernand Léger.
A mostra trará algumas das manifestações apresentadas na Semana de Arte Moderna irmanadas pelo desejo de ruptura com a arte do passado e pretende apresentar a correspondência entre as obras dos artistas com as cartas, os manuscritos e os demais itens do acervo pessoal deles. “Nossa proposta de linha do tempo tem início em 1910 com os registros que farão o público conhecer um pouco da primeira exposição brasileira da artista alemã Emma Voss, que pela primeira vez trouxe para o Brasil obras que tiveram relação com as primeiras vanguardas artísticas europeias”, explicou Bagolin.
Ao longo da exposição, haverá à disposição do público áudios acessíveis por QRCODE com comentários e análises feitas pelo curador, além de outras informações históricas e reproduções em formato digital dos documentos e cartas presentes na exposição. Tudo para que ninguém perca nenhum momento importante desta incrível história.
Serviço
Exposição Era Uma Vez o Moderno
Período expositivo: até o dia 29 de maio de 2022.
Horários: de quarta a sexta, das 12h às 20h, e sábado e domingo, das 11h às 20h.
Local: Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp.
Endereço: Avenida Paulista, 1313 (em frente ao Metrô Trianon-Masp)
Entrada gratuita.
Agendamento de visitas em: www.sesisp.org.br/eventos
Agendamentos escolares e de grupos: ccfagendamentos@sesisp.org.br
Mais informações: www.centroculturalfiesp.com.br
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