GLAUCOMA: A “DOENÇA SILENCIOSA” QUE AMEAÇA A VISÃO E EXIGE DIAGNÓSTICO PRECOCE

Hoje, 26 de maio, é “Dia Nacional de Combate ao Glaucoma”, , dentro da "Semana Mundial de Combate ao Glaucoma". doença silenciosa e irreversível que tem de ser combatida desde o início, através de exames oftalmológicos simples
0
104

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível no mundo, afetando mais de 80 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Conhecida como a “doença silenciosa”, muitas vezes evolui sem sintomas perceptíveis, o que torna fundamental a informação, a detecção precoce e o tratamento adequado.

O glaucoma é caracterizado por um aumento da pressão intraocular, que, com o tempo, danifica o nervo óptico, estrutura essencial para a visão.

O tipo mais comum é o glaucoma de ângulo aberto, responsável por cerca de 90% dos casos. Nesse tipo, a elevação da pressão ocorre gradualmente, sem dor e sem sinais visíveis, levando à perda de visão periférica — um comprometimento que muitas vezes só é percebido quando já está em estágio avançado.

Entre os principais fatores de risco para desenvolver glaucoma estão: idade superior a 40 anos, histórico familiar da doença, miopia elevada, hipertensão arterial, diabetes e o uso prolongado de corticoides. Pessoas negras e asiáticas também apresentam maior propensão ao glaucoma.

O diagnóstico precoce é a principal arma contra a progressão da doença. A detecção é feita por meio de exames oftalmológicos simples, mas especializados, como a tonometria (medição da pressão intraocular), o mapeamento de retina e a campimetria visual, que avalia o campo de visão.

O grande desafio do glaucoma é que ele não dá sinais até que já tenha causado danos importantes à visão. Por isso, consultas periódicas ao oftalmologista são imprescindíveis, especialmente após os 40 anos ou para quem tem histórico familiaralerta o oftalmologista Dr. Paulo Mendes, especialista em doenças oculares.

O tratamento do glaucoma visa, principalmente, reduzir a pressão intraocular para evitar a progressão da lesão no nervo óptico. O protocolo inicial costuma incluir o uso de colírios hipotensores, que controlam a pressão dentro do olho. Em casos mais graves ou quando não há resposta aos colírios, podem ser indicadas intervenções cirúrgicas ou procedimentos a laser.

É importante destacar que, embora o tratamento consiga controlar a doença e impedir sua progressão, ele não recupera a visão já perdida. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para preservar a qualidade de vida do paciente.

O não tratamento do glaucoma pode levar à perda gradual e irreversível da visão, culminando na cegueira total. Além das limitações físicas, a cegueira impacta diretamente a saúde mental e emocional, provocando isolamento social e comprometendo a autonomia da pessoa.

Por isso, neste mês em que se celebra a Semana Mundial de Combate ao Glaucoma, reforça-se o apelo: faça exames oftalmológicos regulares e esteja atento aos fatores de risco. A sua visão agradece.

(Da redação. Imagem: Reprodução de internet)