GRIPE AVIÁRIA MATOU ELEFANTES MARINHOS E LOBOS; BRASIL TEM 151 FOCOS

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Cientistas alertam sobre morte em massa de lobos e elefantes-marinhos por gripe aviária

Em outubro do ano passado, pesquisadores baseados na ilha da Geórgia do Sul confirmaram os primeiros casos de gripe aviária no Atlântico Sul, bem próximo da Antártica. Quase dois meses depois relatos de cientistas trabalhando em bases locais revelavam o avanço da doença na região, com a morte de aves e suspeitas da contaminação do vírus H5N1 em elefantes-marinhos e focas.

Agora, exames de laboratório confirmam que esses mamíferos marinhos foram vítimas da influenza aviária de alta patogenicidade, que está se espalhando pelo mundo.

Pesquisadores britânicos da base British Antarctic Survey afirmaram que tem aumentado o número de animais mortos ou apresentando sintomas da gripe aviária, como letargia, tremores, tosse e espirros. Eles alertam que 90% dos lobos-marinhos-antárticos (Arctocephalus gazella) vivem na Geórgia do Sul.

Outro temor dos cientistas é que o H5N1 desenvolva algum tipo de mutação – o que ainda não ocorreu –e passe a ser um vírus adaptado entre mamíferos e não apenas entre aves.

No começo de janeiro, foi registrada também a primeira morte de urso polar por gripe aviária no Ártico. Ele foi encontrado em Utqiagvik, no extremo norte do Alasca. A suspeita é que ele tenha sido contaminado ao entrar em contato com aves doentes ou fezes contaminadas.

O H5N1 é altamente contagioso. Poucos dias após a contaminação, os sintomas já ficam visíveis e vários órgãos param de funcionar. O sistema neurológico é comprometido e os animais começam a apresentar tremores. A taxa de mortalidade chega a 90%.

Na América do Sul, estima-se que mais de 500 mil aves aquáticas morreram, além de 20 mil leões-marinhos no Chile e no Peru (no Brasil houve vários casos também no Rio Grande do Sul).

No Brasil já são 151 focos de gripe aviária. Cada foco é uma unidade epidemiológica na qual foi diagnosticado pelo menos um caso de H5N1, segundo a plataforma online do Ministério da Agricultura e Pecuária.

(Da redação, com conteúdo de conexaoplaneta.com.br/ Com informações do jornal The Guardian /Suzana Camargo/Foto de abertura: Michael_Luenen / pixabay)