MAIS DE 8 MILHÕES FORAM VÍTIMAS DE GOLPES FINANCEIROS; SAIBA COMO SE PROTEGER

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Coordenador do curso de Direito da Anhanguera faz orientações para evitar armadilhas e como proceder nesses casos, para evitar prejuízos financeiros.

Os golpes financeiros que acontecem por meio de aplicativos de conversa se tornaram um problema comum no dia a dia dos brasileiros. 

Segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mais de 8 milhões de pessoas foram vítimas de armadilhas on-line no último ano. Clonagem de cartão, empréstimo fraudulento e estranhos se passando por entes conhecidos são os crimes mais recorrentes.

De acordo com o coordenador do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, professor Guilherme Ramires Cavallari, é preciso ter atenção para perceber essas ações criminosas e agir rapidamente para evitar prejuízos. 

“Apesar do investimento de instituições e empresas em segurança digital e até em campanhas para orientação a clientes, o que está na mira do criminoso é a desatenção do público. Por isso, é importante conhecer as modalidades de fraudes e a tendência de resultado das ações. Mesmo após o golpe, ainda continua baixo o número de pessoas que recorrem à Justiça para cuidar desses casos”, afirma o docente. Ainda como aponta a pesquisa, apenas 4 entre 10 indivíduos lesados tentam reaver suas perdas.

Os golpistas fazem uma análise de seus alvos e utilizam fotos retiradas de redes sociais para criar perfis falsos e enganar familiares. 

Eles criam situações para pedir por transferências de dinheiro, Pix e, em alguns casos, pedidos de resgate. 

O recomendado a indivíduos contatados é para que sempre desconfie de solicitações atípicas, como para o pagamento de contas. “Mesmo em casos que aparentam ser urgentes, o ideal é fazer uma ligação por voz para verificar o caso”, aconselha Cavallari.

A vítima usurpada, assim que tomar ciência da ação, deve entrar em contato com amigos e familiares o mais rápido possível, para evitar novas tentativas do crime. 

É necessário trocar a senha de bancos, e-mails e de outros serviços importantes, assim como registrar boletim de ocorrência on-line ou em delegacia de polícia. O documento será preciso para reaver valores de cartões clonados, por exemplo. O apoio de um advogado pode ser importante durante esse processo.
 CARTÃO CLONADO

Ao receber uma notificação de compra suspeita ou identificar transações indevidas na fatura ou no extrato bancário, é preciso entrar em contato com a instituição financeira e bloquear ou cancelar o cartão de forma imediata. 

Uma vez sinalizado, o banco é responsável por iniciar o processo de apuração e contestação, para devolução do dinheiro.

De acordo Código de Defesa do Consumidor (CDC), a vítima tem direito a receber o esterno do valor do prejuízo, quando comprovado que a compra foi feita por meio de uma fraude. 

Para evitar esses casos, é aconselhado que usuário não compartilhe informações do seu cartão por mensagens, não clique em links vindos em conversas de aplicativos e SMS e tenha sempre o antivírus instalado no computador e no celular.

 

 

Especialistas recomendam: procure uma delegacia e registre a ocorrência