MEDALHA, MEDALHA, MEDALHA… CONQUISTAS DO BRASIL NO FINAL DE SEMANA

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Rebeca Andrade é prata no salto, acumulando agora 5 medalhas olímpicas; Beatriz Ferreira é bronze no boxe; Beatriz Souza conquista primeira medalha de ouro, no judô; Rafaela Silva conquista o bronze no judô por equipes futebol feminino passa para a semifinal

O final de semana, desde sexta, 2, até ontem, domingo, 4 de agosto, foi bom para os participantes brasileiros das Olimpíadas, que conquistaram medalhas, inclusive inédita, e têm chances de conseguirem mais até o final dos Jogos Olímpicos de Paris.

BEATRIZ SOUZA: PRIMEIRO OURO DO BRASIL 

O primeiro ouro do Brasil veio na sexta-feira, 2/8. A vitória veio com Beatriz Souza, no judô, na categoria acima de 78 kg. Praticante de artes marciais desde os sete anos de idade, a gigante Bia alcançou sua glória olímpica aos 26 anos, em sua primeira participação nos Jogos.

Na final, a brasileira, quinta no ranking mundial, enfrentou a israelense Raz Hershko, atual campeã europeia, e com um wazari garantiu a medalha de ouro. Antes, Bia havia derrotado a atual número 1 do mundo por ippon, por imobilização. Esta é a terceira medalha do judô brasileiro nesta edição dos Jogos Olímpicos.

Paulista de Itariri e criada em Peruíbe, litoral de São Paulo, a atleta conquistou a prata no Mundial de 2022, bronze no de 2023, o título no Grand Slam de Baku e bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Em 2024, faturou o ouro no Grand Prix de Linz, na Áustria, sua primeira competição do ano, e também levou o ouro no Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô 2024.

REBECA: PRATA NO SALTO

Na Arena Bercy, no sábado, Rebeca Andrade tornou-se vice-campeã olímpica no salto, perdendo o ouro para a americana Simone Biles. Com isso, Rebeca chega ao grupo de atletas que conquistaram cinco medalhas nos Jogos Olímpicos, ao lado dos velejadores Robert Scheidt (dois ouros, duas pratas e um bronze) e Torben Grael (dois ouros, uma prata e dois bronzes).

É que, além da prata deste sábado, Rebeca foi vice-campeã olímpica do individual geral e bronze por equipes em Paris 2024. Em Tóquio 2020, ela foi campeã do salto e vice do individual geral. Hoje, 5 de agosto, ainda disputa outras duas finais (trave e solo) e pode ser detentora única de seis medalhas olímpicas.

BEATRIZ FERREIRA: BRONZE NO BOXE

Beatriz Ferreira conquistou a medalha de bronze no boxe nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Neste sábado (3), a pugilista brasileira deu tudo de si, mas acabou superada na semifinal da categoria até 60 kg pela irlandesa Kellie Harrington, em decisão dividida dos juízes (4 x 1). Com isso, garantiu o terceiro lugar na competição e a segunda medalha olímpica da carreira. 

O confronto de Bia com Kellie foi a reedição da final dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Naquela oportunidade, a brasileira acabou superada pela irlandesa em decisão unânime dos juízes (5 x 0) e ficou com a medalha de prata. A luta deste sábado marcou o primeiro reencontro entre as duas pugilistas desde então, uma vez que a irlandesa e a brasileira não duelaram neste ciclo dos Jogos de Paris.

RAFAELA SILVA: BRONZE NO JUDÔ POR EQUIPES

O judô brasileiro fez história em Paris 2024. A equipe venceu Cazaquistão, Sérvia e Itália, na luta decisiva, para conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos, a quarta medalha dessa edição e a 28ª medalha olímpica da modalidade.

Rafael Macedo, Beatriz Souza e a própria Rafaela marcaram os pontos do Brasil, mas a Itália empatou em três a três. Coube então a Rafaela Silva, na luta extra, marcar o ponto decisivo que garantiu o Brasil no pódio com o placar de 4 a 3. Na luta com Verônica Toniolo, Rafaela usou sua técnica favorita, o uchi-mata, e conseguiu o waza-ari decretando a vitória do Brasil por 4 a 3.

FUTEBOL FEMININO NA SEMIFINAL

A seleção feminina se garantiu nas semifinais do torneio de futebol feminino dos Jogos Olímpicos de Paris (França) após derrotar as donas da casa por 1 a 0, no sábado (3) no estádio La Beaujoire, em Nantes.

Com este resultado o Brasil quebrou um retrospecto incômodo, pois derrotou a França pela primeira vez na história. Até então haviam sido realizados onze jogos entre as equipes, com sete vitórias das europeias e quatro empates.

Agora, para buscar uma vaga na grande decisão, o Brasil terá pela frente outro grande desafio, a Espanha, atual campeã do mundo de futebol feminino e equipe que derrotou a seleção brasileira por 2 a 0 na última quinta-feira (31) em confronto válido pela última rodada da fase de grupos do torneio olímpico. 

A oportunidade de gol surgiu aos 36 minutos, quando Gabi Portilho recebeu bola em profundidade, aproveitou indefinição da defesa da França e avançou para apenas bater na saída da goleira Picaud.

CANTO DO CISNE

A ginasta Rebeca Andrade entra em ação de novo, na Bercy Arena, tentando se tornar a maior medalhista olímpica do Brasil. Ela fará as finais da trave e do solo de Paris-2024, a partir das 7h38 (de Brasília). 

Nesta primeira prova, terá a companhia de Júlia Soares, estreante em Olimpíadas. Rebeca tem cinco medalhas olímpicas no total, assim como os atuais recordistas brasileiros, os iatistas Robert Scheidt e Torben Grael.

Este poderá ser o último solo de Rebeca em eventos internacionais. Ela confirmou que daqui para a frente não fará mais as provas do individual geral, que reúne as notas dos quatro aparelhos. Para ela, o solo é o mais desgastante.

Rebeca enfrentará novamente a americana Simone Biles, favorita em ambas as provas. Se for campeã nas duas, Biles se igualará à nadadora Katie Ledecky e à ginasta Larisa Latynina na segunda posição das atletas com mais medalhas de ouro na história dos Jogos Olímpicos, com nove. Só o nadador Michael Phelps, também dos EUA, tem mais, 23 (28 no total).

(Da redação. Informações do COB. Fotos: Miriam Jeske, Gaspar Nóbreva – COB)