MEDICAMENTOS À BASE DE CANNABIS SERÁ PRODUZIDO EM VARGEM GRANDE PAULISTA E VENDIDO EM FARMÁCIAS

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A venda a pronta-entrega tende a acabar com a longa espera pelo medicamento, hoje importado diretamente pelo paciente;  farmacêutica tem 17 medicamentos à base de cannabis produzidos por fornecedores na Colômbia, Estados Unidos e Israel

 A partir de agosto, medicamentos de cannabis medicinal será vendida diretamente no varejo farmacêutico, pela GreenCare, controlada por um dos maiores fundos globais especializados em negócios de cannabis, o Greenfield Global Opportunities.

A venda a pronta-entrega tende a acabar com a longa espera pelo medicamento, hoje importado diretamente pelo paciente. Hoje, o paciente que necessita do medicamento tem que esperar 25 dias, além de obter o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A Green Care tem 17 medicamentos à base de cannabis produzidos por fornecedores na Colômbia, Estados Unidos e Israel, que ficam armazenados em centros de distribuição fora do Brasil e chegam por meio da importação feita por pessoas físicas – que precisam apresentar autorização da Anvisa.

 É um mercado estimado em 75 mil pacientes no País, e a companhia já atende a cerca de 20 mil. Com a venda no varejo, espera dobrar essa fatia até o fim de 2023.

A empresa negocia a comercialização dos medicamentos no varejo com cinco redes de farmácias, mas não foram reveladas quais são.

Os três produtos já liberados para venda em farmácias contêm canabidiol e concentrações diferentes de THC, o princípio que tem efeito psicoativo. Evidências científicas indicam que derivados de cannabis têm aplicações em casos de doenças neurológicas, autoimunes, psiquiátricas e dores crônicas, mas a prescrição depende sempre da avaliação do médico.

VARGEM GRANDE PAULISTAS

Faz dois anos que a empresa comprou uma fábrica em Vargem Grande Paulista (SP) que era da farmacêutica Merck, pela qual desembolsou uma parcela dos R$ 50 milhões investidos na companhia até agora pelo fundo. A unidade passa por processo de homologação, e a meta é que os medicamentos comecem a ser produzidos localmente em dois anos.

O Greenfield Global Opportunities, com sede legal no Canadá, começou a operar em 2017 e, no ano seguinte, fundou a GreenCare. O fundo tem participações em 16 empresas do setor de cannabis espalhadas por nove países, que somam investimentos de R$ 260 milhões.

(Com conteúdo de Istoé Dinheiro)

Foto: Reprodução