MORRE ARNALDO JABOR, AOS 81 ANOS

Multimídia, o cineasta, cronista, jornalista e romancista ganhou vários prêmios e lançou ao sucesso atores e atrizes.
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O cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor morreu aos 81 anos na madrugada desta terça-feira, 15 de fevereiro. Jabor estava internado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e sua morte se deve a complicações decorrentes da doença.

Arnaldo Jabor foi um realizar na área da cultura, entretenimento e informação ao longo de sua vida. Sua carreira foi dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo, tendo dirigido sete longas, dois curtas e dois documentários. Fez inúmeras crônicas e colunas para jornais, publicadas em todo o Brasil.

Com o filme EU SEI QUE VOU TE AMAR, ganhou indicação à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes, em 1986.

Formado pelo curso de cinema do Itamaraty-Unesco, em 1964, portanto formado no ambiente do Cinema Novo, Jabor participou da segunda fase de um dos maiores movimentos do país, conhecido por retratar questões políticas e sociais do Brasil, inspirado no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa.

Seu primeiro longa foi Pindorama, em 1970, após um documentário longa metragem, Opinião Pública, de 1967. Com Toda Nudez Será Castigada, adaptação de peça de Nelson Rodrigues, venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1973.

Ainda baseado em Nelson Rodrigues, filmou O Casamento, de 1975, que deu o premio Kikito a Camila Amado como melhor atriz coadjuvante e o Prêmio Especial do Júri do Festival de Gramado.

Tudo bem foi lançado em 1978 e, em 1981, escreveu e dirigiu o premiado Eu te amo, filme que consagrou Paulo Cesar Pereio e Sonia Braga no cinema.

Em 1986, outro sucesso: Eu Sei que vou te amar, interpretado por Fernanda Torres e Thales Pan Chacon, que deu o prêmio de melhor atriz para Fernando Torres no Festival de Cannes.

Afastou-se do cinema em 1990, por divergências com diretrizes do presidente Fernando Collor e, a partir de 1991, começou a escrever crônicas parla jornais, além de fazer comentários políticos em programas da TV Globo e de rádio na CBN.

Foi nessa época que se dedicou à literatura, tendo publicado oito livros de crônicas. O primeiro foi Os canibais estão na sala de jantar (1993), e os dois últimos, Amor é prosa (2004) e Pornopolítica (2006), se tornaram best-sellers;

Em 2010, voltou a filmar, assinando roteiro e direção de A Suprema Felicidade, com Jayme Matarazzo , Dan Stulbach e Marco Nanini.

Sua última participação foi no dia 18 de novembro, na TV Globo, quando falou sobre as suspeitas de interferência ENEM.