MOUNJARO, CONTRA DIABETES 2, MOSTRA RESULTADOS SUPERIORES AO OZEMPIC

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Conclusão foi feita a partir de dados publicados no The New England Journal of Medicine.   Anvisa aprovou novo medicamento contra diabetes tipo 2 no final de setembro.

O tirzepatide (mounjaro), novo medicamento para tratamento do diabetes tipo 2 recém-aprovado pela Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa), mostrou resultados superiores em relação ao controle da glicemia e perda de peso comparado à semaglutida (princípio ativo do Ozempic).

Os dados foram publicados no The New England Journal of Medicine. Um artigo no The Lancet já havia constatado a eficácia e a segurança da nova droga em um estudo com mais de 19 mil pacientes em diversos países, incluindo o Brasil.

Os dois medicamentos são aplicados por meio de uma injeção semanal e têm um mecanismo de ação parecido: eles estimulam receptores hormonais localizados no intestino envolvidos na digestão dos alimentos e na secreção da insulina. Ambos são moléculas sintéticas chamadas de agonistas, ou seja, simulam o efeito de substâncias naturais e se ligam a receptores das células, ativando-os.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Mounjaro no dia 25 de setembro. O medicamento, da farmacêutica Eli Lilly, tem como princípio ativo a tirzepatida, que age no controle do açúcar no sangue em adultos com a doença, combinado com dieta e exercícios físicos. O remédio está disponível em formato de caneta injetável.  

De acordo com a Anvisa, estudos mostram que a tirzepatida reduz de forma significativa a quantidade de hemoglobina glicada no sangue, o que indica o controle de açúcar. Essa redução contribui para queda do risco de doença microvascular, cegueira, insuficiência renal e amputação de membros. 

“Outro benefício dessa droga é a mudança favorável do peso corporal (perda de peso), uma vez que o sobrepeso e a obesidade contribuem para a fisiopatologia do DM2 [diabetes tipo 2]”, informa publicação da Anvisa 

A tirzepatida funciona como o primeiro receptor de dois hormônios produzidos no intestino: o polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e o peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1). Com isso, aumenta a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas, ajudando no controle glicêmico no sangue.  

Diabetes tipo 2 

Estima-se que quase 463 milhões de pessoas no mundo, de 20 a 79 anos, têm diabetes. Desse total, o diabetes tipo 2 é responsável por quase 90% dos casos. No Brasil, são quase 17 milhões de adultos com a doença.  

A doença é caracterizada pela produção insuficiente de insulina, hormônio que mantém o metabolismo da glicose. É uma das principais causadoras de insuficiência renal, cegueira, amputação e doença cardiovascular, complicações que podem levar à morte.  

Pelas projeções, 578,4 milhões de pessoas estarão vivendo com diabetes em 2030, e mais de 700 milhões em 2045. O aumento está relacionado à tendência crescente de obesidade da população, alimentação não saudável e falta de atividade física.

(Conteúdo e imagem: Ag. Brasil)