NASCE ERÊ E A ESPERANÇA DE QUE SUA LINHAGEM VOLTE AO PANTANAL

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Erê é o novo filhote de Amanaci, onça-pintada que sofreu lesões irreversíveis no incêndio do Pantanal de 2024, com Guarani, onça-pintada que também vive no santuário Instituto NEX No Extinction

Mãe e filhote passam muito bem, revelam as imagens divulgadas pelo Instituto NEX No Extinction. No vídeo postado nas redes sociais, que você confere ao final dessa reportagem, Amanaci e Erê aparecem interagindo, com ela dando muitas lambidas em sua cria. A oncinha macho nasceu no último dia 1o de setembro.

Acompanhamos a história dessa onça-pintada aqui no Conexão Planeta desde 2020. Essa fêmea virou um dos símbolos dos incêndios que devastaram o Pantanal naquele ano. 

Resgatada em uma casa, na região de Poconé, por equipes do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso, ela tinha queimaduras de terceiro grau nas quatro patas. Apesar do intenso tratamento, que durou mais de dois meses, seus tendões sofreram lesões irreversíveis, e Amanaci não conseguiria mais caçar e se alimentar sozinha na vida selvagem. Ou seja, infelizmente, ela nunca mais voltaria ao Pantanal.

O NEX, instituição em Corumbá do Goiás, especializado no acolhimento e tratamento de felinos resgatados, se tornou o novo lar de Amanaci. E sempre houve a esperança de que, mesmo que ela permaneça em cativeiro, ela possa gerar filhotes e seus descendentes possam levar sua linhagem de volta ao bioma onde ela nasceu.

Erê é filho de Amanaci com Guarani, outra onça-pintada que também precisou ser resgatada, no Pantanal, e vive no NEX. “Nossa expectativa é preparar o Erê para uma futura soltura”, revela Daniela Gianni, coordenadora de projetos e atividades do instituto.

Para que Erê tenha chances de ser introduzido na vida selvagem, ele deve ter o mínimo contato possível com seres humanos. Ele ficará junto da mãe até aproximadamente os dois anos, mesma idade em que, na natureza, os filhotes começam a buscar seu próprio território. Depois desse período deve ganhar o próprio recinto e então haverá uma avaliação se ele estará apto para ganhar a liberdade.

O nome escolhido para batizar o filhote recém-nascido tem origem numa língua africana. “A palavra erê vem do iorubá, erê, que significa “brincar”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. A palavra iré em iorubá significa “boa ação ou favor”, explicaDaniela.

Em 2022, Amanaci e Guarani já tinham gerado outro filhote, Apoena. A intenção também era que ele fosse levado para o Pantanal quando chegasse à fase adulta, mas infelizmente, foi descoberta uma lesão irreversível em seus olhos, que impossibilitaria sua soltura na natureza.

Agora a torcida é para que, um dia, Erê ocupe o mesmo lugar da mãe no Pantanal!

Contribua com o trabalho do NEX

Além do cuidado com felinos resgatados, o NEX também trabalha com a reprodução em cativeiro para possíveis reintroduções na vida livre, como é o caso de Erê. Como é uma organização sem fins lucrativos, o instituto depende de doações!

Você pode fazer sua contribuição – qualquer valor é importante! – através do PIX 04 567 090 0001 58

ASSISTA AO VIDEO DE ERÊ E ALMANACI INTERAGINDO clicando em 𝐈𝐍𝐒𝐓𝐈𝐓𝐔𝐓𝐎 𝐍𝐄𝐗 𝐍𝐎 𝐄𝐗𝐓𝐈𝐍𝐓𝐈𝐎𝐍 (@nex_noextinction) • Fotos e vídeos do Instagram

(Da redação, com conteúdo de conexaoplaneta.com.br – 01/10/24 – Suzana Camargo – Foto: NEX No Extinction)