
a disputa entre Tarso de Castro e Millôr Fernandes foi fundamental no sucesso debochado do Pasquim
O Pasquim foi um semanário alternativo brasileiro, de característica paradoxal, editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, reconhecido pelo diálogo entre o cenário da contracultura da década de 1960 e por seu papel de oposição ao regime militar.
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 1970, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro.
A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio –proibido na época ´entre outros assuntos tabus, O Pasquim foi se tornando mais politizado à medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.
Na Folha, reportagem mostra que a luta de egos entre os sócios Tarso de Castro e Millôr Fernandes foi importante para que o humor irreverente e a incorreção política fizessem o sucesso do semanário O Pasquim, editado no momento mais opressor da liberdade de imprensa pela ditadura militar. Rato de redação: Sig e a história do Pasquim (Matrix), de Márcio Pinheiro, mostra como um jornal debochado conseguiu vender 200 mil exemplares por semana sob o tacão do AI-5.
O jornal se tornou um respiradouro no meio do sufoco que era viver sob o AI-5 e a ditadura militar. Os articulistas, todos famosos, não tinham medo de expor suas opiniões – e foram levados à cadeia por isso. Durante aproximadamente três meses, a cúpula do jornal ficou encarcerada – a que denominaram, jocosamente, de “gripe do Pasquim” e foram substituídos, no período, por nomes como Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso e outros expoentes da cultura brasileira da época.
Mas a briga de egos que tomou conta do jornaleco (como ele se intitulava) acabou fazendo com que o jornal fosse minguando; sucessivas trocas de editor-chefe e divergência fortes de opiniões, entre o já mencionado Tarso de Castro, Millor Fernandes e Ziraldo, acabaram com o hebdomadário (como ele se intitulava).
O resto é história. Mas vale a pena ler a trajetória do jornal, as divergências de opiniões, as histórias deliciosas de como foram entrevistadas as personalidades; uma das mais famosas foi a atriz Leila Diniz – e sua publicação acabou trazendo a censura para dentro da redação do jornal.
Serviço
Livro – Rato de Redação 0 Sig e a história do Pasquim
Autor: Márcio Pinheiro
No. de páginas: 192
Preço Kindle: R$ 29,90 – capa comum: R$ 35,20
Amazon
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