OBESIDADE: COMO PREVENIR O REGANHO DE PESO APÓS O USO DE MEDICAMENTOS PARA EMAGRECER

0
301

Médico nutrólogo afirma que após o uso de medicamentos para emagrecer, para não reganhar o peso o paciente deve mudar também o estilo de vida

A aprovação do uso de novos medicamentos para emagrecer, como a semaglutida, ganhou destaque nos últimos meses, uma vez que muitas pessoas ainda acreditam que é uma das maneiras mais efetivas e rápidas para a perda de peso. No entanto, muitos pacientes acabam recuperando o peso perdido algum tempo depois da interrupção do medicamento. Alguns, inclusive, chegam a ganhar mais peso do que perderam inicialmente. 

 Segundo o médico nutrólogo especialista em obesidade e controle do peso, Dr. Nataniel Viuniski, Membro do Conselho para Assuntos de Nutrição da Herbalife, esse “fenômeno” provavelmente acontece com os pacientes que não realizaram uma mudança no estilo de vida juntamente com o uso do medicamento, algo que deveria ser seguido por toda a vida.

 “A adoção de uma dieta saudável e de uma rotina frequente de exercícios físicos durante e, inclusive, após o tratamento é imprescindível para o paciente manter seus resultados”, explica o nutrólogo. Além disso, a redução do peso deve estar relacionada à diminuição da gordura corporal, sempre preservando a massa muscular, e isso somente será possível com a ingestão da quantidade adequada de proteínas em todas as refeições e com uma rotina de treinos de força e de resistência.

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos problemas de saúde mais graves da atualidade. Há mais de 2 bilhões de pessoas acima do peso no mundo e a estimativa é de que nos próximos anos, boa parte delas sofreram prejuízos na sua saúde, ocasionados pelo excesso de gordura corporal.

No Brasil, os números apontados pela Pesquisa Vigitel 2021 (Abril, 2022), revelam que a incidência  do excesso de peso (IMC alcança valor igual ou superior a 25 kg/m²), nas capitais brasileiras, foi de 57,2%, sendo maior entre os homens (59,9%) do que entre as mulheres (55%). E as estimativas apontam para que 1 em cada 3 brasileiros sejam obesos (IMC maior que 30kg/m2) até 2030.

 O excesso de peso é um fator de risco para uma série de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer, por conta do processo inflamatório que o tecido adiposo gera no corpo. Muito mais do que uma questão estética, a obesidade e sobrepeso são problemas de saúde pública pois diminuem tanto a qualidade como a expectativa de vida.

Assim, é com esperança e boas expectativas que observamos novos medicamentos para o tratamento da obesidade serem desenvolvidos e colocados à venda no mercado nos últimos anos.  Eles são mais uma das ferramentas importantes para melhorar a saúde dessa enorme população que sofre com essa patologia. 

 

Porém é muito importante salientar que a obesidade é uma doença com múltiplas causas, assim, esses fármacos devem ser prescritos por um médico capacitado, juntamente com orientações para que o paciente faça mudanças tanto na alimentação bem como em todo o seu estilo de vida. Somente assim será possível obter resultados desejáveis e duradouros. 

Confira as dicas para evitar o reganho de peso:

  • Pratique atividade física cinco vezes por semana. Ela ajuda a manter seu metabolismo acelerado e contribui para a produção dos neurotransmissores que oferecem sensação de bem-estar;
  • Aposte em uma rotina de exercícios que ofereça diferentes estímulos. Lembre-se: o corpo se adapta (e se acostuma) à intensidade e ao volume da atividade;
  • Consuma boas quantidades de proteínas magras (frango, peixe, cortes magros de carne e soja. Por terem digestão mais lenta, elas saciam por mais tempo, ajudando a evitar os “beliscos” fora de hora. A ingestão de proteínastambém contribui para prevenir a perda de massa magra tão importante para manter um maior gasto calórico em repouso;
  • Capriche nas fibras (aveia, chia, linhaça, cereais e suplementos de fibras)! Elas contribuem para a saciedade e para o bom funcionamento do intestino. O consumo ideal deve ficar entre 25 e 30 gramas por dia;
  • Invista nos vegetais (legumes e verduras). Eles são ricos em fibras e vitaminas, e oferecem poucas calorias;
  • Beba água para ajudar na eliminação de toxinas e para não confundir você com a sensação de fome;
  • Durma melhor. Faça a higiene do sono ao se desligar das telas duas horas antes de se deitar e procurar um ambiente mais tranquilo. É durante as horas de descanso que os hormônios são regulados, inclusive a grelina, responsável por estimular a fome, e a leptina, que aciona a sensação de saciedade. Um estudo publicado na revista científica JAMA Internal Medicinemostra que as pessoas que descansam oito horas e meia consomem uma média de 270 calorias a menos no dia;
  • Gerencie o estresse, pois ele faz o corpo liberar o hormônio cortisol, que retarda o processo de emagrecimento, favorecendo o acúmulo de gordura visceral, que está relacionada às doenças cardiovasculares. O estresse também interfere na fome e na vontade de consumir alimentos mais calóricos que proporcionem algum conforto. Procure maneiras de relaxar, praticando exercícios ao ar livre, psicoterapia, sessões de relaxamento, e outras atividades das quais você goste.

Segundo o especialista, os resultados podem variar de acordo com a resposta metabólica de cada organismo e o uso adequado dos produtos. Shakes não são destinados ao tratamento, prevenção ou cura de qualquer tipo de doença e devem ser consumidos sob orientação médica.

(FDonte e imagem: Herbalife)