ONÇA-PARDA NASCIDA EM ZOOLÓGICO GANHA A LIBERDADE
Bibi, onça parda nascida em zoológico, foi solta há mais de um ano no Rio Grande do Sul e, monitorada, está a mais de 40 km. de onde foi solta.
Existe a crença de que animais nascidos em cativeiro não conseguem sobreviver na natureza. Mas pouco a pouco, especialistas demonstram que isso pode não ser totalmente verdade.
Um desses casos é o da onça-parda (Puma concolor), nascida em um zoológico, e que há mais de um ano foi solta numa área do Pampa Gaúcho pela equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Rio Grande do Sul.
Bibi, como foi batizada no zoológico onde nasceu, tinha 5 anos quando foi introduzida na vida livre. A fêmea já demonstrava um comportamento difícil de ser manejado em cativeiro e havia dificuldade de interação com os cuidadores.
“Uma semana após a soltura ela já estava predando outros animais e inclusive, enterrando parte do corpo das presas, para se alimentar mais tarde, um comportamento típico da espécie. A genética se impõe”, diz o médico-veterinário e analista ambiental Paulo Wagner, coordenador do Cetas no estado.
A onça-parda está sendo monitorada através de um colar que emite sinais por satélite, assim é possível acompanhar seu deslocamento pela região. Atualmente ela já está a mais de 40 km de distância do local onde foi solta.
A expectativa agora é que Bibi possa se reproduzir e gerar filhotes.
PROJETO DE MONITORAMENTO E REINTRODUÇÃO DA ONÇA-PARDA
Desde 2021 a equipe de profissionais do Cetas gaúcho está engajada num projeto não apenas de reintrodução de onças-pardas – já foram soltos três indivíduos e um quarto está em preparação -, mas de monitoramento da espécie, que conta com a parceria de diversas instituições público e privadas.
“Durante décadas houve uma mortandade enorme, uma redução brutal das onças-pardas no Rio Grande do Sul. Elas foram praticamente extintas no Pampa Gaúcho”, revela Wagner. “Agora vemos uma gradual recuperação e estamos estudando essa dinâmica e tentando entender como a espécie se comporta no bioma”.
De acordo com o especialista, não existem dados da população de onças-pardas no estado. Com a ajuda de instalação de armadilhas fotográficas, o projeto terá também uma noção melhor desses números.
Segundo maior felino da América do Sul, a onça-parda é uma espécie de topo de cadeia, fundamental para o equilíbrio de todo o ecossistema e biodiversidade de onde vive. Sua principal função é controlar a população de diversos outros animais.
No Rio Grande do Sul a onça-parda é chamada de leão baio. Em outros lugares do Brasil pode ser conhecida como puma ou suçuarana.
(Foto: Wade Tregaskis/Creative Commons/Flickr – 23 de junho de 2023 – Suzana Camargo – conexaoplaneta.com.br)
Bibi, onça parda nascida em zoológico, foi solta há mais de um ano no Rio Grande do Sul e, monitorada, está a mais de 40 km. de onde foi solta.
Existe a crença de que animais nascidos em cativeiro não conseguem sobreviver na natureza. Mas pouco a pouco, especialistas demonstram que isso pode não ser totalmente verdade.
Um desses casos é o da onça-parda (Puma concolor), nascida em um zoológico, e que há mais de um ano foi solta numa área do Pampa Gaúcho pela equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama no Rio Grande do Sul.
Bibi, como foi batizada no zoológico onde nasceu, tinha 5 anos quando foi introduzida na vida livre. A fêmea já demonstrava um comportamento difícil de ser manejado em cativeiro e havia dificuldade de interação com os cuidadores.
“Uma semana após a soltura ela já estava predando outros animais e inclusive, enterrando parte do corpo das presas, para se alimentar mais tarde, um comportamento típico da espécie. A genética se impõe”, diz o médico-veterinário e analista ambiental Paulo Wagner, coordenador do Cetas no estado.
A onça-parda está sendo monitorada através de um colar que emite sinais por satélite, assim é possível acompanhar seu deslocamento pela região. Atualmente ela já está a mais de 40 km de distância do local onde foi solta.
A expectativa agora é que Bibi possa se reproduzir e gerar filhotes.
PROJETO DE MONITORAMENTO E REINTRODUÇÃO DA ONÇA-PARDA
Desde 2021 a equipe de profissionais do Cetas gaúcho está engajada num projeto não apenas de reintrodução de onças-pardas – já foram soltos três indivíduos e um quarto está em preparação -, mas de monitoramento da espécie, que conta com a parceria de diversas instituições público e privadas.
“Durante décadas houve uma mortandade enorme, uma redução brutal das onças-pardas no Rio Grande do Sul. Elas foram praticamente extintas no Pampa Gaúcho”, revela Wagner. “Agora vemos uma gradual recuperação e estamos estudando essa dinâmica e tentando entender como a espécie se comporta no bioma”.
De acordo com o especialista, não existem dados da população de onças-pardas no estado. Com a ajuda de instalação de armadilhas fotográficas, o projeto terá também uma noção melhor desses números.
Segundo maior felino da América do Sul, a onça-parda é uma espécie de topo de cadeia, fundamental para o equilíbrio de todo o ecossistema e biodiversidade de onde vive. Sua principal função é controlar a população de diversos outros animais.
No Rio Grande do Sul a onça-parda é chamada de leão baio. Em outros lugares do Brasil pode ser conhecida como puma ou suçuarana.
(Foto: Wade Tregaskis/Creative Commons/Flickr – 23 de junho de 2023 – Suzana Camargo – conexaoplaneta.com.br)