ONU: VOZES DAS PESSOAS COM ALBINISMO SÃO ESSENCIAIS PARA GARANTIR IGUALDADE
No Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, Nações Unidas apoiam a união entre pessoas com a rara condição genética que resulta da falta de melanina no cabelo, pele e olhos.
Ontem, 13 de junho, foi o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo e o tema escolhido pela ONU foi “Unidos em fazer nossas vozes serem ouvidas”.
As Nações Unidas explicam que o tema do dia internacional em 2022 foca em incluir as vozes das pessoas com albinismo para garantir igualdade e inclusão.
A data também tem a meta de mostrar que celebrar as pessoas com a rara condição genética aumenta a visibilidade dos albinos em todas as esferas da vida.
Para uma pessoa ter albinismo, tanto o pai quanto a mãe precisam carregar os genes, mesmo que eles não tenham albinismo. A condição é encontrada em homens e mulheres, independentemente da etnia, e em todos os países do mundo.
O albinismo acontece pela falta de melanina no cabelo, na pele e nos olhos, causando sensibilidade ao sol e a luzes muito claras. Com isso, quase todas as pessoas com albinismo têm algum tipo de dificuldade de visão e têm mais propensão a desenvolver câncer de pele. Não existe cura para a falta de melanina que é central ao albinismo.
Ataques e assassinatos
De acordo com a ONU, estimativas mostram que na América do Norte e na Europa, uma entre 17 mil a 20 mil pessoas tem algum tipo de albinismo. A condição é mais prevalente na África Subsaariana: na Tanzânia, por exemplo, uma a cada 1,4 mil pessoas tem albinismo.
No mundo todo, as pessoas com albinismo enfrentam discriminação e estigma e em muitos países da África, chegam a ser vítimas de ataques físicos.
As Nações Unidas destacam que existem ainda mitos e superstições associadas à aparência dos albinos, aumentando a exclusão social.
Somente na última década, foram registrados centenas de ataques e até de assassinatos de pessoas com albinismo em 28 países da África Subsaariana.
Como se vê, mais do que nunca a conscientização é necessária, porque a doença estigmatiza a pessoa portadora – que não poderia, jamais, acontecer.
Corbis Images/Patricia Willocq/ONU
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