PARALIMPÍADAS: BRASIL TEM MAIS 5 PÓDIOS EM PARIS

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 Rosi ganha 1º bronze do judô. Carol se despede com 5 medalhas. País soma novas conquistas no judô, goalball e natação. Futebol de cegos cai nos pênaltis para a Argentina e não fará a final pela primeira vez desde a estreia da modalidade, em Atenas 2004

Ontem, a equipe de atletas paraolímpicos brasileiros que está em Pais somou mais cinco medas: três pratas na natação e dois bronzes, um estreia no judô e outro com o goallball masculino.

Com os resultados, o Brasil chegou a 62 medalhas, com 15 ouros, 18 pratas e 29 bronzes, na oitava colocação no quadro geral da competição. Até hoje, a melhor campanha do Brasil foi registrada em Tóquio, em 2021. No Japão, o Brasil somou 72 medalhas, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. Para superar essa marca, a delegação nacional tem mais três dias de competições. A liderança do quadro de medalhas segue com a China, que acumula 73 ouros, 55 pratas e 37 bronzes, um total de 165 pódios.

A nota agridoce do dia foi o fim da hegemonia do Brasil no futebol de cegos, que existia desde a estreia da modalidade em Jogos Paralímpicos, na edição de 2004, em Atenas na Grécia. Depois de um empate em 0 x 0 no tempo normal, a seleção foi eliminada nos pênaltis por 4 x 3 e vai disputar o bronze contra a Colômbia, no sábado. Mesmo eliminada, a seleção nacional ainda não conhece derrota em Jogos Paralímpicos. Agora, são 31 partidas disputadas, com 23 vitórias e oito empates.

CONFIRA O RESUMO DO DIA

Três ouros em Tóquio. Três ouros em Paris. Cinco pódios em Tóquio. Cinco em Paris. A pernambucana Carol Santiago encerrou nesta quinta-feira, 5 de setembro, sua trajetória nos Jogos Paralímpicos da França com uma medalha de prata nos 100m peito da classe S12. Ficou atrás apenas da alemã Elena Krawzow.

Carol foi campeã nos 50m livre, 100m livre e 100m costas e levou ainda a prata no revezamento 4 x 100m livre de 49 pontos na capital francesa. Consolidou-se como a mulher brasileira com o maior número de ouros na história dos Jogos Paralímpicos. Na prova desta quinta, fechou a distância em 1min15s62. A alemã venceu com 1min12s54, novo recorde mundial. O bronze foi para a chinesa Jietong Zheng (1min20s03).

PRATA PARA GLOCK

O catarinense Talisson Glock, da classe S6, conquistou a medalha de prata nos 100m livre. O ouro ficou com o italiano Antonio Fantin, com 1min03s12 (recorde paralímpico) e o bronze com o francês Laurent Chardard (1min05s28). Glock fechou a prova em 1min05s27. O resultado foi o terceiro pódio do atleta nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

PRATA PARA CECÍLIA

Bicampeã mundial dos 50m livre da Classe S8, a potiguar Cecília Araújo conquistou a prata da prova nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Cecília foi surpreendida pela britânica Alice Tai (29s91), que ficou com o título. A brasileira terminou com 30s31 e a russa Viktoriia Ishchiulova fechou o pódio com o bronze: 30s79. 

BRONZE POTIGUAR

A potiguar Rosicleide Andrade conquistou a primeira medalha para o judô brasileiro em Paris ao vencer a argentina Rocio Ledesma Dure na disputa do bronze pela categoria até 48kg da classe J1. A brasileira venceu com um ippon em um contra-ataque na reta final da luta. No fim, em uma das imagens bonitas da competição, a brasileira abraçou a adversária, levantou-a do solo e a girou no tatame, numa cena para enaltecer a qualidade do trabalho da rival. Rosicleide é estreante em Jogos e conquistou sua primeira medalha na competição.

Na caminhada até o bronze, Rosicleide estreou diante da mongol Suvd-Erdene Togtokhbayar, e venceu com um ippon. Na semifinal, teve pela frente a ucraniana Nataliya Nikolaychyk. Rosi chegou a estar na vantagem da luta, com um waza-ari. Mas, a menos de um minuto e meio para o fim da luta, levou um contragolpe numa entrada e foi imobilizada pela adversária. Na decisão do bronze, Rosi foi dominante. Chegou a ter uma entrada em waza-ari contabilizada, mas a arbritragem de vídeo reviu o golpe e anulou a pontuação. Na sequência, a brasileira acertou um contra-ataque numa entrada da argentina e jogou a adversária de costas no tatame. Ippon e bronze.

A medalha coroa um ciclo muito vitorioso da atleta de 27 anos. Rosi foi ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, em 2023, e vice-campeã mundial na edição de Baku, no Azerbaijão, em 2022.

ELIELTON

O manauara Elielton Oliveira foi derrotado pelo indiano Kapil Parmar, número um do ranking mundial, na disputa de bronze da categoria até 60kg da classe J1. Elielton perdeu a luta por ippon. Estreante em Jogos, ele buscava a sua primeira medalha paralímpica e a segunda do Brasil no judô em Paris. Em sua caminhada, Elielton estreou com derrota para o argelino Abdelkader Bouamer nas quartas de final. Na repescagem, eliminou dois adversários antes de chegar à disputa do bronze. Primeiro, o tailandês Vitoon Kongsuk e depois o português Miguel Vieira, ambos por ippon.

THIEGO

O paraense Thiego Marques foi derrotado pelo argelino Ishak Ouldkouider na disputa do bronze da categoria até 60kg da classe J2. O brasileiro levou um ippon e acabou na quinta colocação. Thiego, que está em sua segunda edição de Jogos, buscava a primeira medalha na competição.

BRONZE NO GOALBALL

A Seleção masculina de goalball conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris. O Brasil venceu a China por 5 x 3 na disputa pelo terceiro lugar no Centro de Convenções da Porta de Versailles. É a quarta medalha paralímpica do Brasil no goalball masculino, a quarta seguida e a segunda de bronze. O país foi prata em Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020. O time brasileiro também é o atual campeão mundial da modalidade.

No feminino, também em confronto com a China, a equipe nacional foi superada na disputada do bronze, por 6 x 0, e terminou com a quarta colocação em Paris. 

FIM DE UMA HEGEMONIA

O fim de uma hegemonia que durava desde 2004, em Atenas, na Grécia, na estreia do futebol de cegos em Jogos Paralímpicos. Pela primeira vez na história da modalidade, o Brasil não estará na final e não será o campeão.

Depois de um empate em 0 x 0 no tempo normal, a seleção foi superada nos pênaltis pela Argentina, por 4 x 3. Agora, a equipe nacional disputará o bronze contra a Colômbia, no sábado. A Argentina fará a final contra a França. “Claro que a gente não queria perder. Ninguém quer. Estávamos aqui para brigar pelo ouro. A gente deu nosso máximo. Lutamos até onde pudemos”, disse Paraná.

No histórico das Paralimpíadas, essa foi a 31ª partida do Brasil no futebol de cegos. Agora, são 23 vitórias e sete empates com a bola rolando, e uma eliminação na semifinal. 

 VÔLEI DISPUTA O BRONZE 

A Seleção feminina de vôlei sentado foi superada pelos EUA, por 3 sets a 1 na semifinal dos Jogos Paralímpicos. As parciais foram de 22/25, 25/22, 14/25 e 15/25, em 1h37min de jogo. Agora, as meninas vão enfrentar o Canadá pela medalha de bronze. As canadenses foram eliminadas pela China por 3 sets a 0.

(Da redação, com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro/Governo Federal. Foto: Talisson Glock soma uma prata e dois bronzes em Paris. Foto: Alexandre Schneider/CPB)