PROJETO QUER PROIBIR A TRITURAÇÃO DE PINTINHOS VIVOS

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Pintinhos machos são inúteis para a indústria aviária e são abatidos aos milhões – ainda vivos. Organizações querem acabar com a prática, mas encontra resistência. Assine a petição pedindo o fim do massacre.

Estima-se que, anualmente, 8 bilhões de pintinhos do sexo masculino são mortos no mundo. Eles são “inúteis” para a indústria aviária, por isso, são abatidos, na maioria das vezes, de forma cruel – triturados -, ainda vivos.

Acontece que as fêmeas colocam ovos, mas os machos não. Além disso, não engordam o suficiente para serem utilizados como carne. Por essa razão, são descartados. 

A prática, comum no mundo inteiro, inclusive no Brasil, começou a ser questionada em diversos lugares, pois já existe uma tecnologia para evitá-la, chamada de sexagem in-ovo.

O método, já em uso na Alemanha, Suíça e França, detecta o sexo dos embriões, o que permite que esses ovos sejam descartados no início do desenvolvimento embrionário, de preferência antes dos seis dias de incubação, pois até esse momento tem-se a garantia que o embrião não tem a capacidade de sentir dor.

Na França, a proibição da trituração de pintos machos entra em vigor este ano.

No Brasil, estimativas apontam que 80 milhões de pintinhos machos sejam triturados, por ano, em suas primeiras 24 horas de vida. “Os animais são jogados ainda vivos em grandes trituradores ou sufocados até em sacos plásticos. É comum encontrar trituradores em mau estado de conservação, com lâminas que não funcionam corretamente e prolongam ainda mais o sofrimento dos animais”, afirma Carla Lettieri, diretora-executiva da Animal Equality Brasil, organização internacional de proteção de animais.

Todavia, já há um Projeto de Lei, o PL 1045, em tramitação na Assembleia Legislativa de São Paulo, que pede a “proibição do sacrifício de aves através de trituração, eletrocução, sufocamento e qualquer outro meio cruel para fins de descarte”. O texto foi apresentado em 2015 pelo então deputado Feliciano Filho, mas até hoje não foi colocado em votação final.

Segundo o site da Assembleia de São Paulo,  o encontra-se na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, mas desde então, não houve seguimento na sua discussão. Ou seja, está parado desde abril de 2020, naquela Comissão (confira em Projeto de Lei n° 1.045, de 2015 ( PL 1045 / 15 ) (al.sp.gov.br)

Por isso, a Animal Equality Brasil lançou uma campanha com o objetivo de pressionar os deputados a aprovar o PL.

“É importante que a proibição comece por São Paulo porque o estado é hoje o maior produtor de ovos do país. Vamos trabalhar para que outros estados também adotem a legislação”, destaca Carla.

 

Assim que saem dos ovos, os pintinhos já possuem capacidade sensorial de perceber o ambiente em que estão, ou seja, são capazes de entender o que acontece ao seu entorno

O que você pode fazer

A Animal Equality trabalha com a sociedade, governo e empresas para acabar com a crueldade contra animais criados para alimentação. Se você gostaria de contribuir com o trabalho da organização, há três formas super fáceis de ajudar: 

– Inscreva-se no Protetores de Animais, um programa de voluntariado on-line, e comece a ajudar os animais agora mesmo, sem precisar sair de casa;

– Faça uma doação mensal ou pontual. A sua doação é essencial para que a ONG continue documentando o que acontece com os animais em fazendas e granjas industriais; 

– Acompanhe o conteúdo da Animal Equality nas redes sociais e compartilhe as publicações.

E por último, ASSINE A PETIÇÃO neste link: Pintinhos são triturados vivos no Brasil – vamos acabar com essa crueldade! | Animal Equality Brasil pedindo que os políticos de São Paulo contra o massacre desses animais inocentes.

 

Conexãoplaneta –Suzana Camargo