PROJETO QUER TRANSFORMAR VIOLÊNCIA A PCD EM ESCOLAS EM CRIME DE TORTURA

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Um projeto de lei federal, da Câmara dos Deputados, propõe que maus tratos a crianças e adolescentes com deficiência ou transtorno neurológico — o que inclui autistas — sejam considerados crime de tortura, para que haja punição mais severa.

A alteração proposta pretende incluir mais um item na definição na lei que define o que é considerado um crime de tortura, dizendo o seguinte, em seu projeto original — de autoria do deputado federal  Glaustin da Fokus (Podemos/GO):

“Submeter criança e ou adolescente, com deficiência ou transtorno neurológico, com emprego de violência ou grave ameaça, em ambiente escolar ou análogo, a sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”.

O deputado ainda argumenta, no projeto: “O Estado brasileiro não pode agir de forma omissa a relativizar os inúmeros episódios de violência praticadas contra crianças e adolescentes com deficiência e ou transtornos neurológicos nas creches e escolas no Brasil a fora, motivo pelo qual se faz necessária a previsão da agressão da criança com deficiência no âmbito escolar como uma forma de tortura”.

A lei do crime de tortura — que o projeto pretende alterar —, sancionada em 1997, é a Lei nº 9.455. É possível acompanhar o andamento deste projeto (PL 4249/2023) na Câmara por este link, que é atualizado a cada alteração e trâmite.

No dia 12.set.2023 o projeto foi recebido pela comissão de educação, que deve analisá-lo e dar seu parecer.

EM SÃO PAULO, GOVERNADOR VETA PSICÓLOGOS NAS ESCOLAS

O governador Tarcísio de Freitas vetou um projeto aprovado pela Assembleia Legislativa que autorizava a contratação de psicólogos e assistentes sociais para escolas públicas estaduais. 

O governo justifica o veto, afirmando que a Secretaria de Educação já está implementando o programa Psicólogos nas Escolas, que disponibilizará profissionais para atender escolas em todas as regiões do estado.

Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, o projeto da Assembleia buscava regulamentar a lei federal 13.935/2019, que determina que o poder público ofereça atendimento psicológico e socioassistencial para alunos da rede pública. 

O deputado Paulo Fiorilo (PT-SP), um dos autores do projeto, criticou a lentidão do governo na contratação de psicólogos, argumentando que apenas 550 profissionais não serão suficientes para atender a grande quantidade de escolas e alunos na rede estadual.

(Fonte: Canal Autismo – Foto: reprodução / Fantástico / GloboplayCena da reportagem mostra aluna com deficiência intelectual em sala de aula.)