SÃO PAULO TEM AUMENTO DE CASOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE

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No estado de S. Paulo e na Bahia, o crescimento se concentra em crianças e adolescentes de dois a 14 anos

novo Boletim InfoGripe da Fiocruz , divulgado na sexta-feira (16/8), aponta aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em São Paulo e Bahia. 

Em ambos os estados, esse crescimento se concentra em crianças e adolescentes de dois a 14 anos. A análise observou também sinal de aumento no número de casos de SRAG por Covid-19 entre os idosos nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito federal. 

Em relação à mortalidade, na população entre 5 e 64 anos a presença do vírus Influenza A predomina entre os óbitos nas semanas recentes. Referente à Semana epidemiológica (SE) 32, de a 10 de agosto, o estudo tem  como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 10 de agosto.

Segundo a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) Tatiana Portella, na Bahia, os dados laboratoriais apontam que o aumento esteja relacionado ao rinovírus. “Já em São Paulo ainda não é possível fazer essa associação, no entanto, considerando a faixa etária mais afetada e o cenário epidemiológico do país, é muito provável que o rinovírus também esteja contribuindo para o aumento do número de casos SRAG no estado“.

Em nível nacional, há indícios de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de aumento na de curto prazo (últimas três semanas). A diminuição da SRAG no agregado nacional, de acordo com o estudo, deve-se a uma queda ou interrupção no crescimento das SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A em boa parte do país.

A atualização mostra que o vírus sincicial respiratório se mantém como a principal causa de internação e óbitos em crianças até dois anos, ainda que demonstre queda nas últimas semanas. Outro vírus respiratório com destaque para a incidência de SRAG em crianças e adolescentes até 14 anos é o rinovírus.

INCIDÊNCIA E MORTALIDADE NAS ÚLTIMAS OITO SEMANAS

A incidência e mortalidade semanal média nas últimas oito semanas epidemiológicas mantêm o cenário de maior impacto nos extremos das faixas etárias analisadas. A incidência de SRAG em crianças de até dois anos de idade é mantida em maior parte pela circulação do VSR, seguida pelo rinovírus. Quanto à mortalidade, a população a partir de 65 anos continua sendo a mais impactada, fundamentalmente por conta dos vírus Influenza A e Covid-19.

Em relação aos casos de SRAG por Sars-CoV-2, a incidência tem apresentado maior impacto em crianças pequenas, enquanto a mortalidade tem sido mais elevada entre idosos a partir de 65 anos. No entanto, os impactos tanto em hospitalizações quanto em óbitos são inferiores aos observados atualmente para os vírus VSR e rinovírus em crianças, e influenza A em idosos.

Quanto aos demais vírus respiratórios com circulação relevante no país, o impacto nos casos de SRAG tem se concentrado em crianças pequenas, associado principalmente ao VSR e rinovírus. O cenário da influenza A também se nota na mortalidade em idosos. Na população entre 5 e 64 anos, a presença do vírus influenza A predomina entre os óbitos das semanas recentes.

(Da redação. Fonte: Ministério da Saúde. Imagem: Tomaz Silva – Ag. Brasil)