SEMANA DA MODA DE COPENHAGUE PROÍBE USO DE PENAS E PELES DE ANIMAIS

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A partir de 2026, peças feitas com penas ou couro de espécies exóticas estarão banidas dos desfiles. Com isso, milhares de aves, crocodilos e cobras, por exemplo, deixarão de ser sacrificadas de forma cruel.

Primeiro foi a proibição do uso de pele de animais no ano passado, como de visons, raposas ou lebres, agora a Semana da Moda de Copenhague dá um novo passo e anuncia que a partir do ano que vem, em 2025, peças feitas com penas ou couro de espécies exóticas estarão banidas dos desfiles. 

Com isso, milhares de aves, crocodilos e cobras, por exemplo, deixarão de ser sacrificadas de forma cruel.

A determinação faz parte de uma lista de requisitos obrigatórios contido no “Sustainability Requirements” para que estilistas e marcas do setor da moda possam participar do evento na capital da Dinamarca.

“Desde que lançamentos os “Requisitos de Sustentabilidade” às marcas participantes da Copenhagen Fashion Week em 2023, tem sido nossa ambição aumentar anualmente as exigências, a fim de continuar impulsionando as empresas e estabelecer o padrão para outras semanas de moda a nível mundial. Com essas atualizações, não estamos apenas elevando o nível das marcas em nossa programação, mas também refletindo os desenvolvimentos e aprendizados da indústria, bem como o futuro cenário político da União Europeia”, diz Cecilie Thorsmark, CEO da Copenhagen Fashion Week.

Uma investigação realizada pela organização PETA na Ásia revelou que milhares de cobras são confinadas pela indústria que comercializa sua pele. As serpentes são mortas com pauladas na cabeça e penduradas em ganchos enquanto ainda se movimentam.

De acordo com informações da PETA, as duas fazendas de pítons visitadas fornecem peles para a Caravel, um curtume de propriedade do conglomerado de moda Kering – empresa-mãe da Gucci, Yves Saint Laurent e outras marcas.

“Queremos parabenizar a Copenhagen Fashion Week por servir de exemplo para outros eventos, removendo todas as peles e penas exóticas das suas passarelas. Esta mudança é uma evolução lógica e reflete o que todo consumidor elegante passou a perceber: a compaixão está sempre na moda, os materiais veganos éticos e ecológicos são o futuro, e o futuro é agora”, afirmou a PETA em nota.

Além da proibição do uso de penas e couro de animais, a semana de moda dinamarquesa exige que pelo menos 60% das coleções apresentadas sejam certificadas e feitas com materiais sustentáveis. Além disso, a produção das peças precisa obedecer práticas responsáveis e justas de trabalho e não há utilização de adereços, embalagens ou objetos de plásticos descartáveis, ou seja, de uso único, nos desfiles.

(Da redação, com conteúdo de conexaoplaneta.com.br – Suzana Camargo – 27/3/24 – Foto:  Bolsa feita com pele de crocodilo – crédito:  Dennys Dugarte on Unsplash)