TRÂNSITO É O MAIS LETAL EM 10 ANOS; MAIORIA DAS MORTES OCORRE NO DOMINGO

No mês de conscientização do Maio Amarelo, nada a comemorar: mortes no trânsito aumentaram 4,3% em relação ao ano passado.
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Foram 1.416 óbitos de janeiro a março deste ano, 4,3% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo o Detran

Houve 1.416 óbitos de janeiro a março deste ano, 4,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. Número de acidentes caiu.

O primeiro trimestre de 2025 foi o mais letal no trânsito no Estado de São Paulo em um período de dez anos. Foram 1.416 mortes de janeiro a março deste ano, 4,3% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo o Detran-SP.

A última vez que a quantidade de mortes no trânsito nesse período ultrapassou este número foi em 2015, quando houve 1.567 óbitos nas vias paulistas. Apesar da alta da letalidade, o número de acidentes de trânsito caiu em relação ao ano passado: de 33,2 mil sinistros no trimestre para 27,4 mil.

O governo do Estado, por meio do Detran, diz que os resultados abrangem competências de órgãos em nível federal, estadual e municipal. Destaca ainda que em março caíram os óbitos envolvendo bicicleta (-20,9%), pedestre (14,2%) e automóvel (-1,8%) em relação ao ano passado.

Segundo o Detran-SP, o número de condutores fiscalizados este ano aumentou 52% em comparação ao ano passado, com o objetivo de intensificar o combate à embriaguez ao volante.

Os 1.416 óbitos no trânsito no 1.º trimestre equivalem a mais de 15 mortes por dia. Desse total, 80% das vítimas são homens. Em relação ao veículo, 38% das vítimas estavam em motos; 15% em automóveis; e 14% eram pedestres. Domingo é o dia da semana com mais acidentes fatais.

NA CAPITAL

Na cidade de São Paulo, houve 208 mortes no trânsito no primeiro trimestre de 2025, ante 220 no mesmo período de 2024. Assim como no Estado, na capital o perfil das vítimas é majoritariamente masculino (83%) e o dia da semana mais letal é o domingo.

No Estado e na capital, o perfil das vítimas é majoritariamente masculino; o meio de transporte mais causador de acidentes é a motocicleta (45%) – na sequência aparecem os casos com pedestres (26%).

O início do ano foi marcado pelos embates entre a Prefeitura de S. Paulo e as empresas de aplicativo, que pressionam para conseguir operar o serviço de mototáxi. A disputa rendeu inúmeras ações na Justiça. A gestão municipal mantém o impedimento apoiada em um decreto de 2023, e nos dados da letalidade no trânsito. As empresas, por sua vez, têm afirmado que a legislação federal e decisões do STF amparam o serviço.

Resta a dúvida: se liberado, o serviço de mototáxi irá engrossar o rol de mortes? A pensar.

(Da redação. Foto: GMC ONLINE – divulgação)