Estado de S. Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm o maior número de casos registrados no país. Aprenda a reconhecer os sintomas
O Estado de S. Paulo tem o maior número de casos da Varíola dos Macacos: 312, num universo de 449 casos que o Ministério da Saúde detectou em todo o país.
Em seguida, vêm Rio de Janeiro, com 71, Minas Gerais com 33, Distrito Federal com 8 casos, Paraná com 6 casos, Goiás com 4, Rio Grande do Sul com três, Bahia também com 3, Rio Grande do Norte com 2, Espírito Santo com 2, Ceará com 2 e Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina com um caso cada.
O Ministério da Saúde está mantendo contato direto com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos infectados.
CAUSAS E SINTOMAS
A doença é causada por um vírus que pertence ao gênero ortopoxvírus da família Poxviridae. Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).
As infecções humanas com o tipo de vírus da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação com o grupo viral da Bacia do Congo, com uma taxa de mortalidade de 3,6% em comparação com 10% para o da Bacia do Congo.
O maior especialista em Monkeypox da Organização Mundial da Saúde, Dr. Rosamund Lewis, afirma que “A coisa mais importante sobre a varíola dos macacos é que ela causa uma erupção cutânea que pode ser desconfortável, pode causar coceira e pode ser dolorosa. Portanto, a coisa mais importante sobre cuidar de alguém com essa doença é basicamente cuidar da pele e cuidar de quaisquer sintomas que alguém possa ter, como dor ou coceira”.
Os sintomas incluem bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.
O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.
“A varíola dos macacos se espalha pela proximidade, cara a cara, pele a pele, contato direto. É assim que sempre foi descrito. Pode haver algumas coisas novas acontecendo neste surto agora. Não sabemos tudo. Ainda há muito o que aprender”, afirmou o dr. Lewis.
A OMS alerta que alguns desses casos estão sendo identificados em pacientes gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens. A doença pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas.
: Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz
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