VACINAS DE RNA SÃO SEGURAS – AJUDE A COMBATER AS FAKE NEWS

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Elas não causam doenças autoimunes nem alteram o seu DNA. Saiba mais sobre a desinformação que circula sobre esse assunto para não cair em fake news

Notícias falsas sobre vacinas que usam a tecnologia do RNA mensageiro não param de circular. São vídeos e mensagens virais afirmando que elas provocam doenças genéticas e autoimunes em pessoas saudáveis, que são experimentais e mesmo assim já estão sendo aplicadas na população e até mesmo que esses imunizantes alteram o seu DNA e podem te transformar em uma nova espécie…

 Entenda quais são as mentiras envolvidas nesses conteúdos inverídicos, conferindo abaixo as respostas para algumas perguntas comuns sobre o assunto.

RNA mensageiro: o que isso quer dizer?

Ribonucleic Acid, ou ácido ribonucleico em português, é uma molécula gerada no âmbito do DNA, o material genético determinante de todas as características e funções dos seres vivos. 

Depois de ser decodificado pelos ribossomos nas células, uma versão mensageira do RNA tem suas informações transformadas em proteínas que constituem boa parte do corpo, incluindo cabelos, unhas, saliva e anticorpos.

Vacinas baseadas no RNA mensageiro dão instruções para o sistema imunológico sobre como combater um vírus específico. No caso da Covid-19, elas ensinam a combater o Coronavírus, simulando o mesmo processo de exposição ao vírus – mas sem causar a doença.

Vacinas de RNA mensageiro são seguras?

Antes de qualquer vacina poder ser ofertada à população brasileira, ela precisa ser submetida à análise e à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São feitos testes científicos e estudos rigorosos, que comprovam os benefícios e a segurança da imunização. 

A vacina de combate à Covid-19 que usa a tecnologia do RNA mensageiro em uso no Brasil, produzida exclusivamente pela Pfizer, também passou pela validação da Anvisa e seguiu todas as etapas rigorosas de avaliação de eficácia e segurança até serem aprovadas pela agência reguladora para uso. Isso assegura que elas têm eficácia e são seguras. Também é importante saber: imunizantes que passam pelo controle da Anvisa, são aprovados e chegam à sociedade NÃO são experimentais.

Tomar vacina pode alterar o meu DNA?

Não. O RNA utilizado em vacinas não é inserido no núcleo das células, onde o DNA é armazenado. Por isso, ele não altera o DNA. Alguns imunizantes podem provocar, no máximo, efeitos adversos, que são raros e, em sua maioria, leves e autolimitados. Intercorrências mais graves são muito raras. 

É fundamental lembrar que todas as vacinas passam por vários estudos clínicos e agências reguladoras, no Brasil e no mundo, até serem consideradas seguras para uso. E, mesmo após a comercialização das vacinas e a sua administração em massa na população, a segurança das vacinas e da vacinação continua sendo monitorada e avaliada, de forma contínua e sistemática, pelas autoridades de saúde pública (Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações e Anvisa).

E as doenças autoimunes?

Nenhuma relação entre vacinas com RNA e doenças autoimunes foi provada cientificamente. O que a ciência demonstra é que, quando existe exposição a um vírus combatido por um imunizante, quem já se vacinou tem chances muito menores de desenvolver complicações e vir a óbito por causa da infecção.

Existe efeito colateral pior que a doença?

Não. Dor de cabeça, febre, dor no local de aplicação do imunizante e sinais parecidos com os da gripe são sintomas que podem surgir depois de receber a vacina contra a Covid-19, por exemplo. Nenhum deles se compara à gravidade de desenvolver uma doença que, de acordo com dados consolidados pelo Ministério da Saúde, já matou mais de 700 mil pessoas no Brasil e, como estima a Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo menos 20 milhões de pessoas no mundo.

Como ajudar mais gente a se protegerem das fake news

Para além das iniciativas que o Ministério da Saúde lidera, você também pode atuar como agente de combate à desinformação. Aprenda a checar conteúdos duvidosos, informe seus círculos de convivência sobre os perigos das notícias falsas, notifique as instituições responsáveis por coibir e esclarecer as fake news que você identifica, denuncie casos de calúnia e difamação às autoridades competentes e, na dúvida, nunca repasse aquela mensagem suspeita. Você pode enviar informações duvidosas para checagem do Saúde com Ciência pelo link Formulário Fake News — Ministério da Saúde (www.gov.br)

(Da Redação, com conteúdo Ministério da Saúde. Foto: Mike Senna)