ANVISA APROVA MEDICAMENTO CONTRA QUEDA DE CABELO
Conhecida pelo nome comercial Olumiant, o baricitinibe já está disponível, e a dosagem de 4 mg tem um preço máximo ao consumidor de R$ 5.648,25, sem impostos, no Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento Baricitinibe para o tratamento da alopecia areata, doença autoimune que causa queda de cabelo.
A integrante do Grupo de Trabalho sobre Tricologia do Conselho Federal de Farmácia, Livia Viccari, acredita que esta é uma ótima opção aos pacientes. “Essa é uma grande conquista e avanço no tratamento, uma vez que, no Brasil, esse é o primeiro medicamento que possui indicação em bula para tratamento dessa condição”.
Conhecida pelo nome comercial Olumiant, a substância já é utilizada no Brasil no tratamento de covid-19, artrite reumatoide e dermatite atópica. Ano passado, a agência regulatória de saúde dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), também aprovou a indicação do Olumiant para a alopecia areata. “Estudos realizados pelo FDA, indicam que o baricitinibe é eficaz e seguro, demonstrando pelo menos 80% de repilação em pacientes após 36 semanas de tratamento”, detalha.
Além disso, uma pesquisa mostrou que 22% dos pacientes que receberam 2 mg do medicamento e 35% dos que receberam 4 mg alcançaram uma recuperação satisfatória dos cabelos. “O baricitinibe pode ser administrado em pacientes adultos que apresentam formas graves da doença”, explica a farmacêutica.
O baricitinibe já está disponível, e a dosagem de 4 mg tem um preço máximo ao consumidor de R$ 5.648,25, sem impostos, no Brasil. Trata-se de um medicamento de alto custo que, atualmente, pode ser adquirido por planos de saúde e pelo SUS para as outras doenças. O próximo passo é que o baricitinibe se torne acessível para os pacientes que sofrem com a alopecia areata.
O medicamento é fabricado pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly e a bula do Oluminant descreve que se trata de um inibidor seletivo e reversível das enzimas janus quinases (JAKs), em especial as JAK 1 e 2, que são responsáveis pela comunicação das células envolvidas na hematopoese (processo de formação e desenvolvimento das células do sangue), na inflamação e na função imunológica.
Regulamentação do CFF
Em fevereiro de 2023 o CFF regulamentou as atribuições do farmacêutico que atua em tricologia, por meio da Resolução CFF nº 745/2023. A tricologia é uma ciência multidisciplinar que envolve o estudo e tratamento de alopecias, como a alopecia areata e a alopecia androgenética, e outras disfunções capilares, como a dermatite seborreica, psoríase, entre outras.
O Grupo de Trabalho sobre Tricologia do CFF é composto por Daniele Abrahão, Lívia Viccari, Erica Bighetti e Tatiele Katzer.
(DA Redação, com conteúdo e imagem do Conselho Federal de Farmácia)