MUSEU DA CULTURA INDÍGENA TEM FOCO NAS EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS DOS POVOS ORIGINÁRIOS

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Visitação ao público do Museu da Cultura Indígena é gratuita até o final de julho, mas é necessário agendamento de data e horário da visita por site

Um passeio turístico para toda a família é o Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição estadual inaugurada no dia 30 de junho passado e totalmente dedicada à valorização e difusão do patrimônio cultural indígena. O Museu das Culturas Indígenas (MCI) está aberto ao público, com entrada gratuita até o final de julho – é necessário agendar data e horário da visita pelo site Museu das Culturas Indígenas – MCI – Museu das Culturas Indígenas (museudasculturasindigenas.org.br)

O Museu é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social de Cultura ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá, associação que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. 

As exposições temporárias inaugurais escolhidas são  “Invasão Colonial Yvy Opata  – A terra vai acabar”, de Xadalu Tupã Jekupé e “Ygapó: Terra Firme”, de Denilson Baniwa, ambos representantes da arte indígena contemporânea, que provocam o visitante a repensar a imagem que muitos têm sobre os povos originários do país.

CONHEÇA A PROGRAMAÇÃO

A exposição “Invasão Colonial Yvy Opata – A terra vai acabar”, do artista Xadalu Tupã Jekupé, traz, com sua estética na arte urbana contemporânea, a demarcação dos deslocamentos territoriais com múltiplas linguagens e o território identitário indígena ameaçado pela sociedade ocidental. 

Sua obra denuncia como os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo cimento da cidade, que devora terras e vidas. Cercas de arame revelam não apenas a violência da invasão, mas o estado de segregação étnica em que vive o Povo Guarani, e a asfixia do espaço, cada vez menor, das terras indígenas. A emergência e necessidade de visibilidade da diáspora Guarani é uma denúncia da população indígena, expulsa pela expansão da especulação imobiliária e invisibilizada no contexto urbano.

Xadalu Tupã Jekupé é um artista mestiço que usa elementos da serigrafia, pintura, fotografia e objetos para abordar, em forma de arte urbana, o tensionamento entre a cultura indígena e ocidental nas cidades, misturando a arte tradicional e a contemporânea. Reconhecido com diferentes premiações ao longo de sua carreira, em 2020, sua obra “Atenção Área Indígena” foi transformada em bandeira e hasteada na cúpula do Museu de Arte do Rio e, meses depois, venceu o Prêmio Aliança Francesa com a obra “Invasão Colonial: Meu Corpo Nosso Território”, que levou a uma residência artística na França em 2021.

Já a exposição “Ygapó: Terra Firme”, do artista e curador Denilson Baniwa, é um convite para adentrarmos a floresta Amazônica por meio de experiências sensoriais. Ela traz produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas. Yagapó é a metáfora da resistência indígena que, mesmo em constante ameaça externa, vem pela coletividade e compartilhamento de saberes tornar possível o vislumbre de uma futura existência. A dança, o canto, o fazer com as mãos e a conexão com as florestas são caminhos para a continuidade da cultura e da vida: mesmo que árvores caiam, sua matéria orgânica torna viável o nascimento de outras ainda mais fortes.

(Fonte: Secretaria de Cultura do Estado de S. Paulo)

SERVIÇO:

Museu das Culturas Indígenas
Endereço: R. Dona Germaine Burchard, 451 – Água Branca, São Paulo/SP
Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h (quinta-feira até às 20h)
Entrada: https://bileto.sympla.com.br/event/74784
Contato: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

Redes Sociais:
Instagram (instagram.com/museudasculturasindigenas)
Facebook (facebook.com/museudasculturasindigenas)
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Invasão Colonial Yvy Opata – A terra vai acabar, de Xadalu Tupã Jekupé. Crédito: Maurício Burim

Ygapó: Terra Firme, de Denilson Baniwa. Crédito: Maurício Burim