A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou um novo estudo atualizando suas recomendações para a imunização contra o papilomavírus humano, HPV, que está contaminando mais pessoas devido à queda nas taxas de imunização e pode provocar câncer do colo de útero.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou um novo estudo atualizando suas recomendações para a imunização contra o papilomavírus humano, HPV. Segundo a pesquisa, o calendário com uma dose única, até então considerada uma alternativa, pode ser tão eficaz e oferecer proteção durável como o regime de duas doses.
O câncer do colo do útero é o quarto mais comum em mulheres, e mais de 95% dos casos resultam do HPV, transmitido sexualmente.
Cerca de 3,5 milhões a mais de meninas desprotegidas em 2021
A recomendação para a dose única havia sido feita pela OMS em abril, após a conclusão de um grupo de especialistas independentes, Sage, sobre o tema.
A revisão da OMS para um regime de dose única surge num momento de preocupação da agência da ONU com a queda no número de pessoas vacinadas entre 2019 e 2021, em todo o globo. Nesse espaço de tempo, a quantidade da primeira dose baixou de 25% para 15%. Ou seja, 3,5 milhões a mais de meninas ficaram desprotegidas da imunização no ano passado.
A nova recomendação deve servir para melhorar o acesso à vacina dando aos países a oportunidade de expandir o número de meninas que podem ser vacinadas aliviando o fardo de uma série de doses, que acabam saindo mais caro para os sistemas de saúde.
É fundamental que os países fortaleçam os programas de vacinação contra o HPV, e apressem a implementação do calendário de doses para reverter qualquer queda na cobertura.
Intervalo de seis meses entre as doses
É fundamental que os países fortaleçam os programas de vacinação contra o HPV, e apressem a implementação do calendário de doses para reverter qualquer queda na cobertura.
O papiloma vírus é uma das maiores causas do câncer do colo do útero. A recomendação da OMS é oferecer uma dose ou um regime de duas a meninas de 9 a 14 anos. Já mulheres adolescentes e jovens de 15 a 20 anos podem tomar uma ou duas doses dependendo do programa.
Mulheres de 21 anos ou mais devem tomar duas doses com um intervalo de seis meses.
A vacinação é uma prioridade para pessoas com a imunidade comprometida ou vivendo com HIV, o vírus que causa a Aids. Esses pacientes devem contar com um mínimo de duas doses e quando possível três.
O câncer do colo do útero é o quarto mais comum em mulheres, e mais de 95% dos casos resultam do HPV, transmitido sexualmente.
Mulheres mais velhas e meninos
O público-alvo das campanhas de vacinação contra o HPV são meninas de 9 a 14 anos que ainda não começaram a vida sexual. A imunização em alvos secundários como meninos ou mulheres mais velhas é recomendável quando seja disponível e acessível.
O câncer do colo do útero é o quarto mais comum em mulheres, e mais de 95% dos casos resultam do HPV, transmitido sexualmente.
Evitar o câncer atráves de programas de vacina mais eficientes é um passo fundamental para se prevenir de mortes e doenças desnecessárias.
(Fonte: OMS)
© OMS/Opas
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