VOLTA ÀS AULAS: O QUE FAZER PARA EVITAR INFECÇÕES VIRAIS EM CRIANÇAS NAS ESCOLAS
É só voltar às aulas que a sinfonia de espirros e tosses começa deixando os pais de cabelo em pé! Quando menores, até 2 anos, as crianças que frequentam creches e berçários costumam ter cerca de 11 infecções respiratórias por ano. Mas, o fim das férias de verão também balança a saúde dos mais velhos. Especialistas explicam o que fazer para evitar que a criança adoeça nesse período.
Com a volta às aulas, é inevitável os pais se questionarem se a saúde do filho permanecerá intacta com o retorno à escola. A preocupação tem fundamento, como explica Carla Falsete, otorrinolaringologista pela ABORL-CCF.
“O maior convívio entre as crianças, muitas vezes em ambientes fechados com pouca circulação de ar, predispõe à maior proliferação e transmissão de microrganismos, entre eles vírus e bactérias, principalmente os de transmissão inalatória e/ou por superfícies contaminadas”, esclarece a especialista. Assim, os pequenos podem ficar mais doentes ao retornarem às salas de aula.
De acordo com a Dra. Maura Neves otorrinolaringologista pela USP, os principais quadros infantis são infecções do trato respiratório – como resfriados, gripes, sinusites, otites, amigdalites e bronquiolite -, além das roséolas.
Os sintomas mais comuns dessas infecções virais são:
Febre;
- Coriza;
- Congestão nasal;
- Tosse;
- Diminuição do apetite;
- Maior necessidade de descanso.
COMO EVITAR AS INFECÇÕES VIRAIS NAS ESCOLAS?
Para contornar possíveis quadros infecciosos, a otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, explica que os cuidados dos pais devem começar em relação ao nariz do filho. Em outras palavras, eles devem fazer com frequência a lavagem nasal com soro fisiológico, que diminuirá a duração e a intensidade de possíveis sintomas gripais. “A sugestão é lavar o nariz ao menos 2 vezes ao dia”, detalha a médica.
Dra. Carla Falsete alerta: “nesta fase as principais causas de redução de audição são excesso de cerume e otites”. Portanto, além do nariz, é importante que os pais também mantenham os ouvidos dos filhos higienizados corretamente. Para isso, não se deve usar hastes flexíveis e sim uma toalha enrolada no dedo, limpando até onde alcançar, sem forçar a entrada no canal auditivo.
Dra. Carla ainda complementa indicando uma boa hidratação e alimentação com “comida de verdade” para garantir mais imunidade e melhor aproveitamento das aulas. Também é recomendado que a criança esteja com a caderneta de vacinação em dia para, então, estar com a saúde em ordem.
Por fim, mas não menos importante, é fundamental que crianças acima de 2 anos e professores usem máscara diante de qualquer sintoma gripal e, se possível, não frequentem o ambiente escolar nesse caso para que assim o ciclo de contágio seja rompido.
(Fonte: Dra. Carla Falsete, CRM 101843 | RQE 71523, especialista em Otorrinolaringologia Geral e Pediátrica e Cirurgia Cérvico-Facial; Dra. Maura Neves, especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial – ABORL-CCF
Foto: DepositPhotos
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