ARTESP e concessionárias começam a divulgar a campanha Janeiro Roxo-Todos contra a Hanseníase

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 Campanha de conscientização sobre a hanseníase começou no dia 18 de janeiro,  nos painéis eletrônicos das estradas, e motoristas serão orientados sobre diagnóstico precoce; quem circular pelas rodovias paulistas verá mensagens nas centenas de painéis eletrônicos das estradas.

A ARTESP-Agência de Transporte do Estado de São Paulo e concessionárias apoiam, mais uma vez, a campanha “Janeiro Roxo — Todos contra a Hanseníase”. 

O objetivo é alertar os motoristas e usuários sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da hanseníase, doença transmitida pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta os nervos e é transmissível. Além disso, os prédios da ARTESP e das concessionárias serão iluminados com a cor roxa.

 A iniciativa da ARTESP e concessionárias é uma parceria com a SBH-Sociedade Brasileira de Hansenologia, realizadora da campanha “Janeiro Roxo – Todos contra a Hanseníase” desde 2015. Este é o 7º ano em que a agência reguladora e as operadoras de rodovias participam da ação.

Janeiro Roxo

Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e adotou a cor roxa para ações de conscientização sobre a doença. A campanha “Todos Contra a Hanseníase” acontece durante o ano inteiro, mas é intensificada durante o primeiro mês do ano. A SBH é parceira oficial da ação global NTD World Day-Neglected Tropical Diseases World Day, que acontece em todo o mundo.

 Número de casos

O Brasil, em média, registrava cerca de 30 mil novos casos por ano antes da pandemia, mas a SBH alerta que existem de três a cinco vezes mais casos sem diagnóstico e uma endemia oculta “altíssima” de hanseníase. Significa milhares de pessoas sem tratamento e transmitindo o bacilo a pessoas saudáveis.

Segundo a SBH, o país vem registrando um aumento do percentual de pessoas diagnosticadas com grau 2 de incapacidade física (sequelas incapacitantes) como consequência de diagnósticos tardios.

 Nos últimos anos, a SBH tem acompanhado aumento substancial de novos diagnósticos em localidades brasileiras com hansenólogos atuando e onde são feitas ações de capacitação de profissionais de saúde para diagnóstico e tratamento da hanseníase, o que comprova o cenário de endemia oculta da doença. Foi o que ocorreu em Jardinópolis, interior paulista, que tem um dos maiores índices da doença no país, e em Ribeirão Preto, detentora do maior índice no Estado de São Paulo.

O mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, de 2016 a 2020, foram diagnosticados 155.359 casos novos de hanseníase no país.

 A doença tem cura e tratamento gratuito em todo o território nacional. O diagnóstico é clínico, ou seja, o paciente apresenta um conjunto de sinais e sintomas que podem ser identificados em consulta médica. Em tratamento, o doente deixa de transmitir a hanseníase.

 Como o bacilo agride os nervos, o paciente os apresenta espessados, além de manchas irregulares avermelhadas ou esbranquiçadas pelo corpo. Em algumas áreas da pele pode haver perda de pelos, diminuição e até perda total de sensibilidade e ausência total ou parcial de suor, entre outros sintomas.

A estratégia de enfrentamento à hanseníase é a informação da população, a capacitação de profissionais de saúde e a ampliação dos diagnósticos para quebrar a cadeia de transmissão do bacilo.